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7 erros para evitar no projeto e na decoração de apartamentos pequenos

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13/09/2023 14:27
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Em um imóvel pequeno, alguns cuidados são essenciais a fim de otimizar espaços, maximizar ambientes e criar uma sensação de amplitude. | Unsplash/Francesca Tosolini

Apartamentos pequenos nunca deixam de ter demanda, por diversos motivos. É comum a busca por imóveis em localizações privilegiadas, como áreas centrais ou próximas a pontos de interesse, mas em empreendimentos novos, o que geralmente restringe as opções a unidades de metragem mais reduzida.
Um dos tipos de imóveis em alta no país são os studios, com plantas de aproximadamente 30 m² e ambientes integrados. Os apês de até 50 m², que oferecem preços mais atrativos e, comumente, condomínios com boa infraestrutura, também fatores que influenciam na escolha. No entanto, ao optar por um apartamento pequeno, é preciso tomar alguns cuidados no projeto e na decoração, a fim de otimizar os espaços, maximizar os ambientes e criar uma sensação de amplitude.
A atenção ao decorar esse tipo de imóvel passa por todos os elementos do projeto, já que móveis, iluminação, cores e acabamentos são bons aliados para o melhor aproveitamento dos espaços.
Segundo a arquiteta Júlia Guadix, hábitos como acumular objetos e escolhas erradas, como a utilização de móveis, tapetes e até cortinas desproporcionais podem prejudicar o resultado de um ambiente. Confira 7 erros comuns em imóveis pequenos e dicas da especialista para fugir deles.

1 – Coisas de mais, espaço de menos

Júlia Guadix destaca: “a primeira dica é evitar acumular coisas que ocuparão espaços preciosos”. É importante manter nos ambientes apenas o que é essencial e indispensável. A máxima vale inclusive para objetos de decoração, livros, móveis, qualquer coisa que possa "roubar" espaço no apartamento ou passar a sensação de que o cômodo está entulhado ou abarrotado.
Ambientes lotados não favorecem o conforto e a comodidade, além de deixarem a rotina desorganizada e estressante, ela completa.

2 – Iluminação mal distribuída

Erro comum em apartamentos pequenos é manter apenas a iluminação central nos cômodos, com um lustre, pendente ou plafon. Ter um ponto de luz solitário causando um efeito de penumbra nas paredes. Para corrigir esse aspecto, a sugestão é distribuir bem a iluminação pelas superfícies.
Para isso é possível utilizar arandelas, abajures e spots direcionáveis, por exemplo, que ajudam a distribuir os pontos de luz ao longo do ambiente e criam um efeito de amplitude.

3 – Fazer mudanças por conta própria

Investir em um projeto de arquitetura profissional e em marcenaria planejada é ideal para otimizar um apartamento pequeno, de modo que o resultado final seja bem dimensionado. Ou seja, a recomendação é evitar fazer coisas por conta própria, sem o auxílio de um arquiteto.
Se ainda assim você quiser investir no DIY não esqueça: erros em obras já executadas custam caro, pois podem exigir que o projeto seja recomeçado do zero.

4 – Não buscar a harmonia nos (e entre os) ambientes

Para Júlia Guadix, apartamentos pequenos pedem uma decoração mais minimalista e menos carregada para que os ambientes fiquem agradáveis e acolhedores.
Segundo a arquiteta, “cores neutras e naturais, móveis multifuncionais e integração entre os ambientes nunca saem de moda”. Sabendo disso, fica muito mais fácil fazer uma escolha segura e assertiva para a cor das paredes e dos móveis e para o tipo de mobília que será usado no seu apartamento pequeno.
Além disso, vale a pena apostar em texturas nas paredes. Esses revestimentos estão super em alta e ajudam no propósito de ampliar os cômodos. Algumas opções interessantes são o tijolinho aparente, o cimento queimado e o concreto aparente, que têm uma boa variação de tonalidade e textura, além de produzirem maior profundidade visual nos ambientes - sem ocupar espaço.
No que diz respeito às cortinas e tapetes, a sugestão é criar contrastes. Compre produtos com cores claras e escuras para o mesmo ambiente, já que este efeito melhora a sensação de amplitude do espaço. No entanto, use tons escuros com moderação, já que, em excesso, eles podem causar a impressão de um ambiente menor.
Se o objetivo é criar uma ilusão de um pé-direito mais alto, o tamanho das cortinas deve ser do teto até o chão. Já quanto aos tapetes, modelos maiores dão a impressão de um espaço ampliado. Por isso, nada de comprar um tapete menor do que o sofá.

5 – Desperdiçar espaços preciosos

Sem dúvidas, ter mais espaço à disposição é uma das preocupações no projeto de apartamentos pequenos, por isso é importante colocar em prática técnicas e projetos que tragam amplitude.
“A integração dos ambientes é uma excelente solução, desde que funcione no dia a dia dos moradores. A sala de jantar e a cozinha, por exemplo, podem estar conectadas, facilitando, inclusive, as refeições. Além de derrubar as paredes, usar o mesmo piso é um recurso que ajuda nessa conexão”, explica Júlia.

6 – Economizar na marcenaria planejada

Os móveis planejados podem entregar soluções quase milagrosas em alguns casos. Além de promover o melhor aproveitamento do espaço, a marcenaria também agrega estilo e beleza ao projeto, tornando-se essencial na avaliação de Julia.
Ao contar com um bom parceiro, é possível, por exemplo, criar sapateiras atrás das portas, pequenos nichos em áreas elevadas e outros móveis e estruturas funcionais. Uma dica interessante é fazer os armários da cozinha e do quarto com altura até o teto, mais uma fim de criar a sensação de amplitude.
Além disso, vale apostar em móveis multiuso, principalmente em cômodos menores, que necessitam de organização. Algumas opções são banquinhos, mesas, armários, sofás-camas e baús multiuso.

7 – Não priorizar a circulação e integração dos cômodos

Os projetos de apartamentos pequenos devem ter como prioridade as áreas de circulação e a integração de ambientes. “Fique atento à boa circulação, escolha móveis de acordo com o tamanho do seu espaço”, aconselha a profissional.
Assim, a recomendação é nunca comprar objetos e móveis desproporcionais, que vão deixar o ambiente “espremido”, sem espaço suficiente para que as pessoas se movimentem com liberdade. O foco é sempre ter ambientes convidativos, confortáveis e funcionais.

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