Imóvel

Arquitetura

Casa antiga do Alto da XV passa por reforma que ressalta as marcas do tempo

HAUS
15/06/2022 14:48
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Imóveis antigos, de grande valor arquitetônico e sentimental para as comunidades do entorno, são cada vez mais valorizados por incorporadoras e construtoras. Agora foi a vez da Construtora Hugo Peretti, que inaugura o plantão de vendas de seu mais novo empreendimento, o Riomaggiore, em uma casa antiga reformada do Alto da XV, em Curitiba.
O projeto,  assinado pela arquiteta Vanessa Guimarães, do escritório VM Arquitetura, seguiu o conceito japonês do wabi-sabi, que ressalta a beleza da imperfeição nas marcas do tempo. O edifício está em construção na Rua José de Alencar, 711 e é o 87º empreendimento da construtora.
“Como havia várias características da casa que decidimos manter, e, por se tratar de um projeto de reforma, algumas coisas não ficariam tão perfeitas como desejávamos se começássemos a construir do zero. O piso é um bom exemplo disso”, comenta a arquiteta. Segundo Vanessa, o espaço de vendas, exclusivo para o Riomaggiore, tem 60 m² e ressalta a beleza nas marcas do tempo e na simplicidade dos materiais e dos elementos. “É como se fosse a apreciação estética do despojamento e a valorização da beleza nas coisas imperfeitas. Em tudo há uma fissura e é por onde entra a luz”, continua Vanessa.
O resultado é um espaço receptivo e acolhedor para receber clientes, em um local onde a máxima intervenção estrutural foi apenas o fechamento de vãos. Entre os destaques, Vanessa cita o piso restaurado e a poltrona loop chair na entrada, de design suíço e matéria-prima local da Eternit. A decoração, por sua vez, é simples, aconchegante e com muita riqueza de materiais e texturas.
O único ponto de cor mais marcante do ambiente é um quadro da galeria Urban Arts, que contrasta com a paleta neutra eleita para o espaço. Para a iluminação, foram usados perfis lineares que contornam o ambiente e spots pontuais para iluminar os pontos de destaque. No paisagismo, destaque para a abundante vegetação seca, que não exige manutenção e tem alta durabilidade. “Havia uma floreira na casa, próxima à região do atendimento aos clientes. Optamos também pelas lanças de São Jorge que, além do apelo estético, necessitam de pouca luz e água”, comenta a arquiteta.
O mobiliário escolhido também entrega uma proposta especial. O atendimento, em vez de cadeiras, ganha um sofá em formato orgânico, que oferece conforto e descontração para quem senta. Todas essas escolhas são permeadas por uma paleta de cores neutras e em tons claros, que se combina também com o mármore Travertino na lareira. “Esse é o material de destaque do espaço. Por ser sofisticado e ter sido aplicado com acabamento bruto, conseguimos ver todos os veios e fissuras naturais da pedra”, diz Vanessa.

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