Curso de Arquitetura da PUCPR celebra 40 anos conectando passado e futuro

O evento que marcou a abertura das festividades de 40 anos do curso de Arquitetura e Urbanismo da Pontifícia Universidade Católica do Paraná permitiu aos alunos e convidados terem uma ideia da grandeza e importância da celebração. Por parte da organização, a opção para a festa foi homenagear os ex-coordenadores do curso, que também são muitos dos grandes nomes da história da arquitetura em Curitiba. A presença dos professores abrilhantou o palco do TUCA na noite da última quinta-feira (01).

Fundado na década de 70, o curso de arquitetura da PUC foi planejado e concebido por arquitetos que, vindo de outras regiões do Brasil, começaram os primeiros projetos de arquitetura na cidade de Curitiba. A fila de nomes homenageados esteve à frente do maior e mais antigo curso de arquitetura entre as instituições privadas no estado do Paraná, desde 1976. O atual coordenador adjunto da escola, Humberto Fogassa, destaca a relevância dos primeiros membros do corpo docente da faculdade. “Temos casos como o de Luiz Forte Neto, por exemplo, que talvez seja o mais antigo do grupo de homenageados e foi o primeiro coordenador do curso. Ele carrega no escritório em que ainda atua, junto com os mais antigos, a história dos primeiros trabalhos de arquitetura e urbanismo de Curitiba. Junto com a turma do Lerner e outros colegas, formam a primeira geração de arquitetos da cidade, e estão nas bases do ensino e da prática da arquitetura e do urbanismo em Curitiba”, conta. Fogassa ainda explica que a história de cada um dos nomes se confunde com a história da arquitetura curitibana. “Já que a Católica tem uma grande fatia neste bolo, nada mais justo do que homenagearmos quem foi tão importante para nossa história”, completa.

Além do importante colegiado – próximo de 100 professores atualmente -, a PUC se tornou referência pelos egressos que hoje ocupam cargos em órgãos como IPPUC, COMEC e URBS. O vereador Jonny Stica, que foi relator do Plano Diretor de Curitiba em 2015, contou sobre a importância da instituição em sua carreira. “A estrutura da PUC foi fundamental na escolha pela instituição, e ao mesmo tempo de seguir para a vida pública. Além da excelência dos professores, tive a oportunidade de estudar parte das disciplinas na Espanha, no convênio com a Politécnica de Madrid, o que me proporcionou uma visão mais aberta para o urbanismo, e também me fez perceber que a PUC não deixa nada a desejar”, comentou. Graduado no curso em 2008, Stica será um dos palestrantes da Semana Acadêmica do curso, programada para os dias 12 a 17 de setembro.

Embora o atual cenário econômico do país não favoreça o desenvolvimento de projetos arquitetônicos, mudanças no programa pedagógico da instituição permitem aos professores o desenvolvimento de novos desafios. O foco no processo de aprendizagem mudou: antes, o professor detinha o conhecimento; agora nova visão da PUC coloca o aluno no centro da irradiação de ideias. Além disso, a aproximação com as escolas europeias e o contato com grandes nomes da arquitetura mundial permitem o intercâmbio cultural de novas práticas.

A abertura das celebrações, por exemplo, teve palestra de Mathias Klotz, um dos principais nomes do atual cenário da arquitetura no Chile. Com crescente repercussão dos projetos a partir da virada do século, Klotz é parte de uma geração de arquitetos que despontou em um Chile pós-ditadura, e que cada vez mais vê o destaque de conterrâneos nas principais premiações da arquitetura.

A Escola de Arquitetura e Design, responsável pelo curso, segue celebrando as quatro décadas até o final do semestre. Além da palestra com Klotz e da Semana Acadêmica, outras palestras e cursos estão programadas até o fim do ano letivo.