O uso de contêineres na arquitetura já não é mais novidade, mas o arquiteto londrino James Whitaker conseguiu inovar (e muito!) na área. Ao contrário do que é conhecido da arquitetura de contêineres – sempre empilhados horizontalmente – Whitaker juntou as estruturas de metal em diversos ângulos, na vertical, horizontal e transversal, até formar com raio de 180° no chão. Os contêineres estão dispostos de uma forma que maximiza o uso de luz natural.

A obra, que será construída em 2018, foi batizada de Joshua Tree Residence e ocupará parte de um terreno de 90 hectares de um produtor de filmes, no meio do deserto californiano. O arquiteto já tinha um projeto similar nas mãos que nunca saiu do papel. Finalmente conseguiu um cliente que aceitasse colocar a proposta em prática, com algumas modificações feitas no projeto original para adequar a casa às condições naturais do local.

A obra fica em cima de afloramento rochoso onde um pequeno barranco foi criado por águas pluviais precipitadas. Por isso, será construída em pilotis de concreto, não interferindo com o fluxo que água que passa por baixo. A cozinha, sala de jantar, sala de estar e três dormitórios compõem o interior da residência de 200 m². No exterior, dois contêineres formam um deck de madeira protegido, com banheira de hidromassagem.

Todas as superfícies, interiores e exteriores, serão pintadas com um branco brilhante, que reflete a luz do sol e o calor do deserto. A garagem terá painéis solares que abastecerão a energia da casa inteira. O engenheiro Albert Taylor da AKT II participou do projeto fornecendo uma consultoria estrutural.