Arquitetura
Acabou a briga! Sistema permite temperaturas personalizadas em um mesmo ambiente
Criado pelo escritório Carlo Ratti Associati para a Fondazione Agnelli, na Itália, o sistema conta com diversos sensores instalados no teto falso do edifício, que são ativados pela presença humana. Imagem: Divulgação Carlo Ratti Associati
Seja no inverno ou no verão, sempre há discórdia quanto à temperatura em um escritório. Quando os dias estão mais quentes, sempre há aquela pessoa calorenta que adora um clima polar e deixa o ar condicionado abaixo de zero, deixando os mais friorentos com as unhas roxas. E também há aquelas que, para não sofrer com o inverno, fazem os colegas suarem nos espaços fechados. E se existisse um ambiente de trabalho em que fosse possível agradar a gregos e troianos? É isso que o escritório italiano de arquitetura Carlo Ratti Associati está fazendo na sede da Fondazione Agnelli em Turin, na Itália.
Além de todo o redesign, o escritório desenvolveu um sistema de aquecimento e de resfriamento específico para o prédio histórico, que segue os ocupantes conforme eles se locomovem em seu interior. É como se houvessem “bolhas” individuais de climatização. Cada um envolto na temperatura que quiser.
Sensores do sistema são capazes de monitorar diversos dados, como os níveis de ocupação de uma determinada sala, temperatura e concentração de CO2. Desta forma, se um espaço de reuniões fica vazio, por exemplo, ele volta ao seu estado de standby, economizando energia, diferentemente de um sistema tradicional, em que o ar condicionado continua funcionando da mesma forma mesmo em lugares onde há poucas pessoas ou nenhuma.
A ativação do sistema se dá por um aplicativo de smartphone: uma vez que os ocupantes do prédio configuram suas preferências de temperatura pelo dispositivo, a bolha termal os segue a todos os cômodos, já que os tetos falsos do edifício estão cheios de sensores ativados pela presença humana. De acordo com a descrição do projeto feita pelo escritório, a sincronia entre a ocupação humana e o uso de energia pode criar uma arquitetura mais sustentável, reduzindo em até 40% o consumo de energia.
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