Arquitetura

Solução que vem de cima

Michele Bravos, especial para a Gazeta do Povo
06/09/2012 03:10
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No apartamento de um jovem casal, as arquitetas Erika Fukunishi e Thalita S. Miura Miyawaki trabalharam efeitos de luz e linhas simples. Para evidenciar a integração dos espaços, projetou-se um recorte no forro, iluminado e destacado com outro tom de tinta | GAZETA

A solução para criar um ambiente mais aconchegante pode vir lá do alto. Rebaixar o teto é uma das fórmulas mais certeiras para transformar um ambiente, tornando-o mais funcional, agradável ou intimista, conforme o acabamento escolhido.
Essa “redução” do pé direito, antes restrita a obras em gesso, no teto, hoje conta com técnicas e materiais bem diferentes, que minimizam o trabalho, a sujeira e criam efeitos diferentes. Para quem prefere um ar mais moderno, por exemplo, as novidades estão voltadas para os tipos de acabamento, como papel de parede instalado no forro rebaixado e linhas retas, criando ambientes mais limpos.
Outro efeito é fazer um teto rebaixado com um pergolado de bambu – sustentado por cabos de aço presos na estrutura do telhado –, como no lounge bar criado pelas arquitetas Caroline Andrusko e Eliza Schu­chovski. “Esse teto suspenso foi pensado para minimizar o pé direito muito alto até o forro de gesso. Desta forma conseguimos um ambiente mais acolhedor”, diz Eliza, da Perffectta Arquitetos Associados.
Essa mescla entre convencional (gesso) e produto primário (bambu) é a tendência do mercado, que vive o resgate de produtos de origem natural. Outros exemplos são as soluções minerais – feitas de materiais recicláveis –, o dry wall, a madeira, o PVC e o isopor. Erika Fukunishi, da EFTM Arquitetu­ra, comenta que, em geral, a diferença está nos valores, na qualidade, na estética, na instalação e na manutenção. Ela também explica que a escolha do material deve ser guiada pelas necessidades do cliente, como características do espaço, investimento e tempo de execução.
Segundo o arquiteto Jayme Bernard­o, em termos de construção, a maior vantagem de se rebaixar o teto é poder distribuir os pontos de iluminação de acordo com a necessidade de cada ambiente, sendo possível esconder a fiação, por exemplo. É bom lembrar que os pontos de iluminação devem ser executados antes mesmo do forro.
Todos os ambientes que tenham no mínimo 2,50 m de pé direito podem ter o teto rebaixado. Nesse caso, considera-se que a altura final tem que ser 2,40 m, para não gerar desconforto para as pessoas.
Serviço:
• EFTM Arquitetura, eftmarquitetura.com.
Perffectta Arquitetos Associados.
Jayme Bernardo.

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