A iluminação embutida em estantes e armários passou de tendência a solução que veio para ficar nos projetos de interiores. Aliando estética e funcionalidade, o recurso contribui para a ambientação dos espaços e pode ser utilizado em praticamente todos os cômodos do imóvel.

Quando instalada em móveis fechados, como armários e gaveteiros, a solução destaca o caráter funcional da iluminação, que facilita a visualização de roupas, louças, alimentos e outros objetos.

“Nas gavetas e nas portas, é possível instalar interruptores que façam com que as luzes se acendam e se apaguem quando elas são abertas e fechadas”, explica o arquiteto Christian Schönhofen, que utilizou iluminação nos armários da Cozinha que assina com o irmão e também arquiteto, Richard Schönhofen, na Casa Cor Paraná 2017.

É o apelo estético, no entanto, que faz da iluminação embutida a queridinha dos projetos. A partir dela é possível se criar efeitos de luz e sombra ou tirar partido de uma iluminação mais indireta, o que confere um ar aconchegante e sofisticado aos ambientes. De acordo com Christian, isso se deve, principalmente, à tonalidade mais amarelada das lâmpadas utilizadas para este fim, que costumam ser mais quentes (em torno de três mil Kelvin).

“A iluminação embutida também pode ser utilizada para destacar objetos de decoração [como obras de arte ou peças colecionáveis] em estantes e nichos ou para pontuar alguma particularidade do projeto, como fizemos na estante de ferro que projetamos para a Churrasqueira Gourmet da Casa Cor Paraná”, acrescenta a arquiteta Maria Alice Crippa, que assina o espaço com o também arquiteto Gustavo Assis. Neste móvel, as luzes foram instaladas sob e sobre as prateleiras de forma que, visualmente, parece que são elas que sustentam as peças.

Para quem deseja fazer da iluminação embutida uma aliada na decoração dos ambientes de casa, os arquitetos afirmam que as fitas de LED são a melhor opção. Comercializadas em diferentes metragens, elas possuem um adesivo próprio, similar ao das fitas dupla face, o que facilita sua instalação.

“Elas podem ser utilizadas na parte frontal ou traseira das prateleiras e nichos, de acordo com a preferência do morador. No caso das prateleiras, a sugestão é furar as laterais das peças para passar a fita de uma para a outra, ao invés de cortá-la. Isso reduz a quantidade de emendas e facilita a ligação da fita ao transformador que a alimenta”, explica Christian.

Para que a fita não fique aparente, Maria Alice conta que os profissionais costumam especificar recortes para embuti-las na marcenaria. Outra opção, quando elas são instaladas na parte frontal dos armários, é utilizar um anteparo que, além de dar o acabamento, tem a função de direcionar o fluxo luminoso para o fundo do móvel, sem ofuscar a visão.

“O recomendado é que a instalação das fitas seja feita com a orientação de um profissional habilitado, que é capaz de especificar a potência da fonte de acordo com a quantidade de lâmpadas utilizadas”, orienta Maria Alice.