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Vai revestir a casa? Confira o guia completo do porcelanato

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10/07/2023 20:01
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Projeto assinado pelo BMA Studio traz revestimento em porcelanato no piso. | Guilherme Pucci

Uma das principais dúvidas em projetos residenciais ou de espaços corporativos de alto padrão é sobre como escolher o porcelanato. Primeiramente, surgem diversos questionamentos que são comuns entre as pessoas que não conhecem o revestimento, como em relação ao uso do porcelanato em áreas molhadas, os tipos de acabamentos e cores disponíveis e o nível de desgaste do material.
Neste cenário, esclarecer os principais fatos sobre o revestimento e desmistificar informações incorretas ou inapropriadas a respeito do material são formas importantes de educar o público consumidor e reforçar os atributos únicos deste que é um dos produtos de mais destaque no ramo da decoração e arquitetura de interiores.
Aqui, vale dizer que o porcelanato vem passando por diversas atualizações. Atualmente, há muita tecnologia envolvida na produção do revestimento, o que garante mais versatilidade ao material, que é bastante utilizado para o revestimento de pisos, paredes e mobiliários.

Como saber se o porcelanato é de boa qualidade?

De acordo com o arquiteto Bruno Moraes, para quem não é
especialista em revestimentos, pode ser difícil avaliar a qualidade do
porcelanato.
“Dificilmente você vai conseguir avaliar os componentes de fabricação do porcelanato, se são de boa qualidade, se estão com problemas de porosidade ou até mesmo de rigidez em uma loja de materiais de construção. Eu, que já visitei várias fábricas, tenho dificuldade de entender alguns componentes”, pondera o profissional.
Neste sentido, a forma mais fácil de averiguar a
qualidade é procurar por marcas confiáveis e renomadas, que estejam no mercado
há bastante tempo e que, por tradição, disponibilizam produtos de alto padrão.
Sabendo que o porcelanato fornecido é confiável, o segundo passo para fazer uma compra assertiva é avaliar se o revestimento será instalado em área interna ou externa. Além disso, outro detalhe importante é pontuar se a peça tem borda boleada ou se é retificada, pois isso interfere na espessura do rejunte.
Por fim, é importante verificar se o ambiente está preparado para receber o revestimento e calcular corretamente a quantidade de produto em metros quadrados. Essa é uma etapa crucial da escolha do porcelanato, pois o material passa por “dupla colagem”, com o uso de um pouco de argamassa na própria peça e mais na superfície. Vale lembrar que a área que vai receber o porcelanato deve estar em boas condições, firme e sem partes ocas.
Atualmente, a instalação do revestimento com o método do
“martelinho” é considerada ultrapassada e os profissionais utilizam a técnica
de ventosas, que é mais eficiente e aumenta a aderência do material.

Existe um porcelanato que não risca?

Essa é uma dúvida frequente entre os consumidores que
buscam o porcelanato como revestimento e, de acordo com o arquiteto Bruno
Moraes, a resposta é não!
“Todo produto tem uma resistência à abrasão, e o porcelanato também tem. Dependendo da forma como você risca e da intensidade, você pode criar um risco no revestimento, podendo ser superficial ou mais profundo”, explica.
Dessa forma, mesmo sendo um dos materiais mais
resistentes do mercado, o porcelanato risca. Por isso, é fundamental tomar
cuidado no dia a dia para não danificar a peça.

Quais as diferenças do porcelanato retificado e não retificado?

Existem vários tipos de porcelanatos no mercado, com destaque para o modelo retificado e o não retificado. Segundo Moraes, a diferença entre os dois está no corte.
“O retificado, como o nome já diz, passa por uma retífica,
um corte que deixa todo seu perímetro reto. Já o bold (não retificado), tem os
cantos arredondados e irregulares. Um porcelanato retificado já foi bold uma
vez, antes de passar pela retífica”, explica o arquiteto.
Com o uso do porcelanato retificado, que é menos irregular, é possível fazer a instalação de uma peça mais próxima à outra, reduzindo a espessura do rejunte.

Saiba quais são as características do porcelanato acetinado

O porcelanato acetinado está entre os modelos mais
procurados por pessoas que desejam instalar o revestimento em seus ambientes.
Porém, muitos consumidores não conhecem suas peculiaridades.
“O porcelanato acetinado não tem a aparência do polido
brilhante, ficando mais fosco e, em alguns casos, sem a aparência de superfície
lisa, sendo mais irregular. Geralmente, o acetinado risca com menos facilidade
do que o polido”, destaca o profissional.
Por isso, se você deseja um revestimento de alto padrão, que
risque menos e não seja muito brilhante, o ideal é investir no porcelanato
acetinado.

Quais são os tipos de porcelanato, suas vantagens e desvantagens?

São vários os tipos de porcelanato disponíveis no mercado. Basicamente, os produtos se diferenciam de acordo com o acabamento, coeficiente de atrito e cores.
Existe o porcelanato com acabamento natural, que é mais
indicado para áreas externas e molhadas; e o porcelanato polido, recomendado
para os cômodos residenciais internos.
Entre os acabamentos, os mais populares são os
porcelanatos que remetem ao cimento queimado, os que imitam madeira e os que
reproduzem o estilo de pedras naturais, como o mármore.
Segundo o especialista, “o porcelanato possui lastras e grandes formatos. Além disso, o processo de fabricação – apesar de ser parecido com o de outros revestimentos – conta com mais tempo de forno. Sua principal vantagem é que o material é menos poroso do que outros revestimentos cerâmicos”.
Ou seja, o porcelanato mantém sua beleza por mais tempo. Além disso, por ter menos porosidade, ele não mancha com facilidade.

Qual a durabilidade do porcelanato?

“Atualmente, podemos encontrar diversos tipos de revestimentos cerâmicos. Aqueles com base avermelhada costumam ser mais maleáveis e menos resistentes, tornando a quebra mais frequente. É importante destacar que esses revestimentos cerâmicos também são mais porosos e mancham com facilidade, o que acontece bem pouco com o porcelanato, que é mais resistente”, reforça o arquiteto Bruno Moraes.
Como é fabricado com uma matéria-prima nobre, composta por rochas e argila, o porcelanato é mais durável e mais rígido do que outros revestimentos cerâmicos. Além disso, o material também tem baixa absorção de água, limpeza e manutenção fáceis de serem realizadas e excelente resistência química e mecânica.

Como fazer a manutenção do porcelanato?

Se você escolheu o porcelanato como revestimento para o seu projeto residencial ou corporativo, é importante saber como cuidar corretamente do material para que ele mantenha sua aparência original e beleza pelo maior tempo possível.
Segundo o arquiteto, a manutenção do porcelanato é simples. “Com frequência, é necessária a limpeza com pano úmido ou a lavagem com sabão neutro. Para remover resíduos de resto de obra, existem produtos que são vendidos em lojas de materiais de construção para a remoção de argamassas e rejuntes e para a limpeza de porcelanatos”, sugere.

Como escolher um porcelanato?

Ao contar com o suporte de um arquiteto experiente, fica
mais fácil escolher corretamente o porcelanato para cada tipo de aplicação e
ambiente. O profissional poderá orientar sobre os revestimentos indicados para
paredes e pisos, avaliando as características particulares do projeto.
Sendo assim, além de avaliar a questão estética, tenha em mente a necessidade e o perfil de uso de cada espaço para que escolha um porcelanato com a aderência, resistência e acabamento ideais.

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