Versão brasileira

Decoração

“Queer Eye Brasil” estreia com Guto Requena assinando casas coloridas e “de verdade”

Sharon Abdalla
23/08/2022 12:41
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A transformação da casa da personagem Luciana, uma das participantes do “Queer Eye Brasil” | Divulgação/Netflix

Mais de um ano e meio se passou desde que a Netflix anunciou quem seriam os cinco profissionais à frente da versão brasileira de "Queer Eye", reality norte-americano vencedor de três Emmy Awards em 2018. E a estreia do programa ocorre nesta quarta-feira (24), quando os "cinco fabulosos" (como são apelidados os apresentadores) contarão histórias de superação, autoestima, empatia e transformação, que vai do guarda-roupa à casa dos personagens.
Neste quesito, as mudanças ficam a cargo de Guto Requena, renomado e premiado arquiteto e urbanista que assina projetos impactantes que conectam pessoas por meio da tecnologia e do design paramétrico. Além dele, compõem o time dos "fab five" brasileiro o médico Fred Nicácio (bem-estar), o stylist Rica Benozzati (estilo), o cabeleireiro Yohan Nicolas (beleza), e o publicitário e influenciador Luca Scarpelli (cultura).
Os "cinco fabulosos" da versão brasileira de "Queer Eye"
Os "cinco fabulosos" da versão brasileira de "Queer Eye"

Casa de verdade

HAUS assistiu em primeira-mão aos dois primeiros episódios de "Queer Eye Brasil" e constatou que, diferente do que comumente ocorre nos realities americanos que tratam sobre transformações de casas, a edição brasileira apresenta "casas de verdade". Ou seja, as mudanças são realizadas, e são de fato impactantes, mas ocorrem a partir de soluções de rápida execução e que não demandam orçamentos exorbitantes.
Entram nesta lista da pintura de paredes e inserção de plantas nos ambientes -- destacando a tendência da biofilia -- à abertura de portas no lugar de janelas e a mudança de lugar dos eletrodomésticos, o que pode parecer simples e sem importância, mas tem grande impacto no dia a dia e em como as pessoas se relacionam com as suas casas.
E como era o antes da sala da Luciana.
E como era o antes da sala da Luciana.
“Eu acho lindas as casas escandinavas, vindas desse movimento internacional do minimalismo. Mas o brasileiro não é isso. O brasileiro é colorido, ousado, gosta de texturas. Não tem casa branca no programa. As casas têm cor, estampa, tem muita planta”, conta Guto, em nota.
As histórias de vida dos personagens também aparecem em mobiliários e itens de decoração inseridos ou eliminados da vivência diária, lembrando-nos de que o passado é, sim, um lugar de aprendizados e memórias, mas não de permanência. De que ele pode (e deve) ser valorizado também na decoração quando isso nos impulsiona para frente. Mas que não há problema algum em descartá-lo, ressignificá-lo, quando ele se torna uma âncora que impede o movimento e o avanço.
“Eu sou apaixonado pela série desde a versão dos anos 1990, assisti a todos os episódios. Esse foi talvez o primeiro programa que empoderava de fato homens gays a 'it’s ok to be gay!' e eu o achei fascinante”, recorda-se o arquiteto. “E amo especialmente a nova versão, da Netflix, que é sobre empatia, sobre fazer as pessoas se sentirem confortáveis e felizes no lugar em que elas estão”, finaliza Guto.

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