De cara nova

Decoração

Reforma de móveis transforma cozinhas a menor custo; saiba quando ela é indicada

Vivian Faria, especial para HAUS
18/09/2023 21:15
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Dar cara nova à cozinha pode ser mais prático e menos oneroso do que se imagina. Para isso, em vez de trocar todos os móveis, é possível reformar os que já estão em uso, seja por meio da troca de portas e puxadores (que podem ser eliminados e substituídos por sistemas de fecho-toque), do laqueamento ou do envelopamento do mobiliário.
As mudanças podem afetar também as formas e usos, transformando armários fechados em nichos abertos ou substituindo prateleiras por gavetas ou cestas, por exemplo.
“Hoje, temos madeiras coloridas muito bonitas, então é possível deixar a cozinha com uma cara supermoderna a um custo muito menor”, avalia a arquiteta Carina Dal Fabbro. Outra vantagem, segundo ela, é a sustentabilidade. “Se a cozinha está boa e atende às necessidades do cliente, não faz sentido retirar e jogá-la fora. Tem uma questão ecológica a ser considerada e o arquiteto também tem esse papel de dizer: ‘Que tal se nós mantivéssemos os móveis e fizéssemos uma modernização?’”, defende.
Com novas cores, reforma transforma o ambiente. O projeto é de Carina Dal Fabbro.
Com novas cores, reforma transforma o ambiente. O projeto é de Carina Dal Fabbro.
A reforma, porém, não é para todos. Embora seja altamente recomendável quando o orçamento é mais limitado, é preciso considerar a funcionalidade da cozinha e os desejos dos clientes para ela. “A primeira coisa que perguntamos é sobre o investimento, mas outros pontos são se a cozinha atende às necessidades do cliente, se o triângulo de serviço funciona, se haverá troca de eletrodomésticos”, elenca a arquiteta Michele Freitas, que comanda o escritório Casabau ao lado da arquiteta Patricia Porto.
Se os móveis forem insuficientes para a rotina dos moradores ou se a proposta for mudar totalmente o espaço, a indicação é pela troca completa do mobiliário. Novos eletrodomésticos e mudanças na parte molhada também podem exigir armários novos, devido a alterações nas dimensões e à necessidade de mais espaço para os novos itens.
Também devem ser consideradas as condições dos móveis e das ferragens. Isso significa que a estrutura não pode estar danificada por umidade, nem infestada por cupins e outros insetos, caso o mobiliário seja em madeira natural. “Quando o MDF ou similar está com a lâmina soltando ou descascando, muitas vezes também não é possível cola-la novamente ou o custo para isso acaba sendo muito alto”, diz Michele.

Quem faz a reforma?

Uma dificuldade em relação às reformas, conforme as arquitetas, é encontrar marceneiros dispostos a fazê-las. Na experiência delas, a preferência dos prestadores de serviços costuma ser por produzir o mobiliário do zero. Ainda assim, vale pesquisar e pedir indicações.
Na hora de escolher o profissional, as dicas são buscar conhecer outros trabalhos executados por ele e pedir amostras do material a ser utilizado para garantir que vai funcionar com a estrutura pré-existente. “É interessante também saber de qual empresa vêm as chapas e ferragens que ele usa”, diz Carina. O objetivo é atestar que os materiais são de boa qualidade e não vão causar problemas.

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