Considerados elementos decorativos e funcionais, os tapetes são indispensáveis nos projetos de arquitetura de interiores. Eles podem ser simples ou verdadeiras obras de arte, importados ou nacionais, feitos com tecido sintético ou fibras naturais. Em todos os casos, agregam personalidade e beleza aos ambientes.

Para desfrutar todos os benefícios que esta peça pode oferecer para um espaço, é fundamental saber como escolher o tapete correto para cada finalidade e ambiente, levando em consideração o estilo da decoração e as particularidades de cada casa.

Se o tapete for usado em uma residência com crianças ou pets, por exemplo, é importante optar por modelos que não acumulam muita sujidade e que sejam fáceis de limpar.

Já em regiões mais frias, vale a pena investir peças que tragam conforto térmico e acústico para os ambientes, mantendo os espaços mais silenciosos e aconchegantes.

Como são muitas as opções disponíveis no mercado, fomos em busca da opinião de especialistas para te ajudar na escolha do melhor tapete.

O estilo da casa é um dos primeiros pontos a serem considerados na escolha de um tapete, de acordo com as arquitetas Ieda e Carina Korman, do escritório Korman Arquitetos.

De forma geral, a orientação é optar por tapetes que combinem com os móveis, para não haver discrepância na integração de cores e materiais. Por isso, o mais comum (e indicado) é que as pessoas comprem primeiro o mobiliário e, posteriormente, procurem um tapete que se “encaixe” na decoração, tentando seguir um padrão estético. Essa dica vale para todos os ambientes da casa, desde a sala de estar até os quartos.

Contudo, quando o tapete é uma herança de família ou tem um valor significativo, o décor pode ser feito na ordem inversa. Ou seja, os móveis podem ser comprados em função da peça, para que combinem com o tapete.

Além da função decorativa, os tapetes cumprem outras funções na decoração, pois ajudam no posicionamento dos móveis, na delimitação de espaços e na circulação das pessoas nos cômodos. Por isso, eles precisam ser adequados ao tamanho dos ambientes.

Para que não fiquem desproporcionais, a recomendação é escolher o formato (redondo, quadrado ou retangular) e o tamanho dos tapetes de acordo com o espaço que sobrar no cômodo após o posicionamento dos móveis principais.

Um dos principais desafios é saber como escolher o tapete para a sala de estar, que é o ambiente social mais importante da casa, onde as visitas são recebidas. Como esta é uma área da residência que fica exposta, é fundamental acertar na escolha para causar uma boa impressão.

“Numa sala com sofá, metade do móvel deve ficar dentro do tapete e a outra no piso, mas essa não é uma regra. Há quem prefira que o sofá fique totalmente dentro do tapete, em um formato mais tradicional”, afirmam as arquitetas. Neste caso, o tamanho da peça vai depender das dimensões dos móveis que estão no ambiente e do tamanho do próprio cômodo. Ou seja, as medidas podem variar de acordo com cada caso e, por isso, devem ser avaliadas de maneira particular.

Como dica para uma boa harmonia, é importante que o tapete da sala tenha, pelo menos, a mesma largura do sofá, sendo suficientemente grande para acompanhar o tamanho do móvel. O mesmo vale para a sala de jantar: é importante que a mesa de jantar fique posicionada com sobra em cima do tapete.

Outra sugestão é combinar as cores e estampas dos tapetes com as das almofadas e cortinas, criando um conjunto harmonioso.

Para os quartos, a orientação é seguir o tamanho da cama, para não haver muita sobra, criando uma impressão de fluidez e um visual contemporâneo. Os tons neutros são ideais para compor ambientes mais íntimos e de descanso.

Tapetes feitos de materiais naturais, como fibras, e os modelos estampados são tendência na decoração de interiores em 2023.

Há muitas opções de tapetes de fibras naturais no mercado, como, por exemplo, as peças feitas com kenaf, juta, sisal, coco, lã, bambu e algodão. Os produtos são extremamente elegantes e modernos, e ficam ótimos na decoração de diversos ambientes da casa, como na sala e nos quartos.

Para as estampas, você pode escolher tapetes com figuras geométricas ou com desenhos e formatos irregulares, que estão em alta em 2023.

Por fim, o tapete vintage também está sendo muito utilizado nas ambientações, especialmente o conhecido como patina, que apresenta um visual meio desgastado, no estilo persa e turco. Este modelo é uma excelente opção para áreas internas.

O tapete e o sofá precisam estar em plena harmonia, caso contrário o conjunto pode gerar um efeito negativo, como um choque no décor.

“Deve-se ter cuidado com as cores, que precisam combinar. No caso de um sofá com tom neutro, pode-se escolher qualquer cor e até mesmo estampas”, destacam as arquitetas Ieda e Carina Korman.

Seguir a mesma paleta de cores também ajuda a escolher um tapete que combine com o sofá. Por exemplo: se o seu sofá é marrom, você pode escolher um tapete de cor parecida, só que com um tom mais claro.

Já na combinação do tapete com sofás cinzas, as arquitetas recomendam quase todas as cores, inclusive outros tons de cinza, em diferentes texturas.

Deixando de lado a parte estética dos tapetes, também é preciso pensar na funcionalidade das peças. Para Ieda e Carina Korman, os tapetes sintéticos, de nylon e fibras são mais fáceis de limpar e, geralmente, mais baratos, principalmente os modelos feitos de nylon.

Estas peças são indicadas para os quartos, já que nestes ambientes da casa é importante ter tapetes laváveis e de simples higienização, para que não acumulem impurezas que causem incômodos e problemas respiratórios.

“Existem diversos materiais e formatos de tapetes e a escolha vai depender do gosto pessoal do morador. Logicamente, para casas que têm crianças e pets devemos ter o cuidado de escolher tapetes mais resistentes e fáceis de limpar”, finalizam as especialistas.