Design

Purificador portátil com design inovador promete renovar o ar e acabar com as alergias; isso funciona?

Bruno Gabriel*
13/07/2019 19:00
Thumbnail

Molekule trabalha com tecnologia diferente da dos filtros de ar tradicionais. Foto: Reprodução

Desde o final de 2018 o aparecimento de um novo purificador de ar vem chamando a atenção no mercado internacional: o Molekule. Criado pelo norte-americano Yogi Goswami, a promessa feita pelo produto inclui a reinvenção do método tradicional de filtragem, o que levaria a uma purificação mais eficiente do ar em ambientes de até 55 metros quadrados.
Entre as vantagens prometidas pelo produto, está seu avanço tecnológico, como o fato de disponibilizar conectividade wi-fi para controle remoto fácil. Além disso, o purificador tem um controlador de tela de toque, que permite que o consumidor altere a força do ventilador e o volume do som emitido em até três níveis. A tela mostra, ainda, a saúde atual dos filtros e permite que a luz azul da parte superior do produto seja apagada.
Apesar de todo esse aparato, o Molekule já causa algumas controvérsias. Testado por diversos sites especializados no assunto, o slogan de que o produto “faz algo que nenhum outro faz” já passou a ser questionado.
Alimentado por dois filtros do método PECO, o novo purificador promete destruir poluentes mil vezes menores do que faz um filtro do padrão tradicional HEPA. A ideia é que, assim, elementos como mofo, bactérias, vírus, pólen e mesmo pelos de animais sejam filtrados de modo mais satisfatório.
Em um artigo publicado pela Smart Air, o professor de Ciência Comportamental da University of Chicago Booth School of Business, Thomas Talhelm, refuta o argumento. Para ele, “as partículas pequenas têm tão pouca massa que se movem em padrão ziguezague, o que faz com que fiquem presas até mesmo em filtros comuns”.
Outro ponto questionado sobre o novo purificador é o seu tamanho. Com 60 centímetros de altura e pesando oito quilos, é considerado robusto para ambientes menores. Em sua análise sobre o Molekule, a editora do site iMore, Lory Gil, relata que este é o único tamanho disponível e que transportá-lo entre os cômodos nem sempre é fácil, mesmo que ele tenha uma alça para auxiliar.
O preço do purificador também não é considerado convidativo. Os interessados em comprá-lo pelo site devem desembolsar US$ 800. Além disso, algumas manutenções são necessárias e aumentam os custos. Ao comprar o Molekule, o cliente torna-se um assinante, recebendo em casa as recargas automáticas por US$ 65. Os pacotes incluem um filtro, que precisa ser substituído a cada seis meses, e dois pré-filtros, que exigem troca a cada três meses.

Vídeo da marca mostra detalhes do projeto

*especial para Gazeta do Povo

Enquete

Você sabe quais são as vantagens de contratar um projeto de arquitetura para sua obra de reforma ou construção?

Newsletter

Receba as melhores notícias sobre arquitetura e design também no seu e-mail. Cadastre-se!