10 esculturas públicas inusitadas ao redor do mundo

Sentar-se ao lado de um Carlos Drummond de Andrade na orla de Copacabana, dar uma forcinha para a Garota sem Medo contra o touro do capitalismo em Manhattan ou refletir sobre a existência junto ao jovem Pensador, em Paris.

Estátuas como essas – respectivamente assinadas por Leo Santana, Kristen Visbal e Auguste Rodin – se tornaram verdadeiros símbolos artísticos das cidades onde estão localizadas, atraindo turistas do mundo inteiro para uma selfie – ou, pelo menos, para um bom e velho momento de contemplação.

Mas nem todo monumento consegue o feito de atrair o público por sua perfeição ou relevância artística e cultural. Em diferentes países, algumas esculturas atraem visitantes das cidades por suas formas e significados estranhos e, muitas vezes, de gosto duvidoso.

Relacionamos algumas destas estátuas inusitadas, bizarras e curiosas espalhadas ao redor do mundo. Confira!

Na cidade norte-americana de Filadélfia, na Pensilvânia, um grupo de pessoas busca se libertar das amarras e correr livre por aí. Freedon, do artista estadunidense Zenos Frudakis, é um enorme monumento de bronze que, completado em 2001, hoje estimula milhares de visitantes a deixar para trás tudo o que vem nos segurando.

Apesar de inspiradora, a estátua é ‘diferentona’ e rende fotos hilárias, como esta do próprio Frudakis ocupando o espaço deixado por quem se libertou. Além disso, vista de perto, a escultura traz detalhes arrepiantes entre os objetos “presos” na parede – como rostos de pessoas, por exemplo.

O intelectualismo à beira do abismo. Para o artista David Černý, o universo intelectual está prestes a desaparecer. E ninguém melhor para representar este cenário do que um Sigmund Freud e sua fobia de altura, segurando-se apenas pelo braço.

Contudo, o profundo sentido da escultura assinada por ele em Praga, na República Tcheca, é ofuscado pelo medo que os passantes têm de estar vendo alguém cometer suicídio à luz do dia em plena rua.

Além de Man Hanging Out, Černý também assina uma série de outras obras de arte em bronze espalhadas pela cidade, todas provocativas e um pouco estranhas, como é o caso também de Quo Vadis, um carro que se move sobre pernas.

Onde quer que você vá, um pedaço seu inevitavelmente fica por lá. A ideia do escultor Bruno Catalano com Les Voyageurs é a de que cada viajante deixa um pouco de si nos lugares que visita, e leva um pouco do destino com ele para sua próxima parada.

Além de comercializar miniaturas de viajantes em seu ateliê, Catalano também assina essa versão que está exposta em Marselha, na França.

Prestes a ser soterrado nas areias da praia do Rio Potomac, um gigante criado por J. Seward Johnson’s recebe os visitantes e se transforma em um verdadeiro playground. Familiar aos residentes da capital norte-americana, Washington, a escultura é feita em bronze e fica em frente ao National Harbor, um píer com centro comercial às margens do rio.

Eles estavam só de passagem pela Ilha Sylt, na Alemanha, mas acabaram ficando. A obra cujo nome significa Viajantes no Vento, consiste em gigantes verdes caminhando contra uma tempestade que somente eles sentem. Assinada pelo escultor alemão Martin Wolke, faz parte de uma série de esculturas bem-humoradas instaladas por toda a cidade de Westerland.

A arte pede por um mundo de não-violência. Próxima à sede da ONU (Organização das Ações Unidas), em Nova York, uma arma com o cano amarrado, assinada pelo artista sueco Carl Fredrik Reuterswärd, simboliza a necessidade de paz no planeta.

Instalada em 1994 após ser concluída pelo escultor Tom Frantzen, a divertidíssima Agent 15 (ou Vaartkapoen) faz parte de uma série de obras criadas para levar os passantes ao riso.

No caso de Agent 15, um desastrado agente da lei é retratado em um momento constrangedor, quando um larápio segura suas pernas, levando-o ao chão.

Em plena Place Sainctelette, na Bélgica, o pobre agente está eternamente na iminência de um belo tombo.

O famoso dedão criado pelo artista francês Cesar Baldaccini segue sinalizando positivamente para o Centro Georges Pompidou de Arte Moderna, em Puteaux. Marco do novo realismo francês, a escultura é exatamente isso: um dedo polegar de 12 metros de altura que, saindo da terra, cria uma hilária paisagem próxima aos mais icônicos prédios da cidade.

Uma mulher montada em um galo, nua, carregando um garfo maior que ela mesma. E desde quando a arte precisa fazer sentido logo de cara? A obra é um dos ícones de Havana, em Cuba, e tem assinatura do escultor Roberto Fabelo.

Ela se chama Viaje Fantástico (Viagem Fantástica) e nunca foi explicada pelo autor, que a instalou em 2012 na Plaza Vieja, sem pedir permissão para ninguém.