Fortalecimento do Vale do Pinhão pode aquecer mercado imobiliário em 2018

André Nunes*
25/10/2017 09:30
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Foto: Agência Curitiba / Divulgação

Depois de um “boom imobiliário” entre 2011 e 2013, quando a região do Rebouças e Prado Velho registrou 1.350 unidades residenciais liberadas e 423 concluídas, segundo dados do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Paraná (Sinduscon-PR), os bairros que hoje formam o Vale do Pinhão passaram por uma queda acentuada no número de lançamentos nos últimos dois anos. Apesar de a recuperação do setor ainda estar em andamento, a expectativa para 2018 é que o mercado imobiliário volte a aquecer.
“Ainda não há um movimento significativo sendo visto, nesse sentido, no Rebouças e no Prado Velho, mas com o lançamento do Vale do Pinhão e o novo Plano Diretor, esperamos que haja uma revitalização urbana da região“, afirma Marcos Kahtalian, vice presidente de banco de dados do Sinduscon-PR.
7th Avenue Live e Work trouxe para a região mais de mil moradores desde seu lançamento, em 2015. Ainda há unidades disponíveis. Foto: Divulgação
7th Avenue Live e Work trouxe para a região mais de mil moradores desde seu lançamento, em 2015. Ainda há unidades disponíveis. Foto: Divulgação

Região central com atrativos

Segundo Kahtalian, o Rebouças é bem visto como potencial de desenvolvimento, é próximo ao Centro da cidade, a centros universitários e tem uma intenção cultural presente há um tempo. “Um dos movimentos no ‘boom inicial’, a partir de 2007, foi a ideia do SoHo propagada pela construtora Thá, com o lançamento do Boulevard Rebouças. Podemos dizer que é o único grande bairro próximo ao Centro que não se desenvolveu totalmente, mesmo tendo acessos fáceis para o aeroporto, a rodoviária, a BR… Só precisa desse ‘empurrão’ da revitalização urbana”, acredita.
Outro ponto que favorece as construções são as mudanças no zoneamento da região, que passou a permitir a utilização de potencial construtivo para a maior verticalização das obras. Em alguns terrenos, isso se deve à chamada Zona de Transição da Linha Verde, que permite o uso dos Certificados de Potencial Adicional de Construção (Cepacs) em áreas que margeiam a via.
“Nós apostamos no Rebouças quando lançamos, em 2015, o 7th Avenue Live e Work, voltado para as pessoas que valorizam conceitos como morar e trabalhar, mobilidade, praticidade, otimização de espaços, itens que tornam a vida mais simples e moderna. Acreditamos no potencial do bairro e construímos um produto que tem cara dos novos moradores que virão com o Vale do Pinhão”, comenta Fernanda Lemes, gerente de marketing do Grupo Thá.

Compactos e studios em alta

Finalizado em julho deste ano, Edifício Silvio Skraba tem 91 unidades entre 32,5 m² e 36,5 m². Foto: Divulgação
Finalizado em julho deste ano, Edifício Silvio Skraba tem 91 unidades entre 32,5 m² e 36,5 m². Foto: Divulgação
Presidente da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi/PR)Jacirlei Soares Santos destaca que há um predomínio de lançamentos de apartamentos compactos, studios e lofts na região, chegando a mais da metade dos empreendimentos lançados nos últimos anos – como o Loft One Rebouças e o Edifício Sílvio Skraba, ambos no Prado Velho.
“O bairro vem passando por algumas mudanças interessantes: entre 2011 e 2012, surgiram os primeiros empreendimentos de alto padrão (à época, com preço de R$ 600 mil a R$ 1 milhão), enquanto empreendimentos econômicos, com preço médio de R$ 150 mil, pararam de ser lançados a partir de 2013. Isso indica um aumento da renda e de poder de compra dos moradores da região”, detalha Santos. Segundo dados de hoje do Sinduscon, a faixa de preço média no Prado Velho está em torno de R$ 400 mil.
Com 96 unidades entre 17 m² e 25 m², o Loft One Rebouças tem unidades a partir de R$ 114 mil. Foto: Divulgação
Com 96 unidades entre 17 m² e 25 m², o Loft One Rebouças tem unidades a partir de R$ 114 mil. Foto: Divulgação
*Especial para a Gazeta do Povo

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