Uma das espécies mais vulneráveis do planeta, os pandas gigantes têm atualmente um número reduzido de exemplares no mundo: apenas 1.800, vivendo em um habitat nativo que é tão limitado quanto a própria espécie, uma área pequena no Oeste da China, próximo à cidade de Chengdu.

Evitar a extinção dos pandas gigantes e ampliar seu espaço de vivência é o objetivo número um do projeto do Parque Natural que vai compor, em três ambientes distintos, a reserva de Chengdu.

Projetado pela empresa chinesa Sasaki, o parque visa compensar o fato de que Chengdu é uma das cidades que mais crescem na atualidade, com sua área urbana impactando diretamente na paisagem natural que é lar dos pandas.

Recentemente, o governo local definiu a delimitação de uma reserva natural de mais de 69 quilômetros quadrados, configurando uma estrutura voltada para a proteção de uma das espécies mais ameaçadas de extinção no mundo todo. Ali, a proposta da Sasaki concentra-se em três pilares fundamentais: a conservação, educação e a pesquisa, com “o objetivo final de proteger e favorecer as condições naturais para que os pandas possam prosperar livremente em seu habitat natural”.

Os três principais espaços que compõem a estrutura da reserva foram organizados de acordo com suas funções primárias, bem como os níveis de interação humana e de perturbação admitidos.

O primeiro local fica próximo ao aeroporto da cidade e foi projetado para aqueles visitantes que procuram uma estadia breve, mas que procuram acompanhar de perto todos os esforços que vêm sendo feitos para a conservação da espécie. Concebido como uma “porta de entrada para a cidade”, o Longquanshan Panda Village “fornecerá uma breve visão da história, costumes e da vida selvagem da região, incluindo o seu maior símbolo, o urso panda”, de acordo com a Sasaki.

A segunda estrutura, chamada de “Beihu Panda Park”, está voltada para a exploração, contando com um centro de educação para aqueles que procuram uma experiência mais imersiva. Conectado diretamente à cidade de Chengdu através da rede pública de transporte urbano, este espaço apresentará para os cerca de 20 milhões de visitantes anuais como o urso panda vive na floresta, como configura-se seu habitat natural e como funciona a estrutura de preservação.

O terceiro elemento da reserva, e o mais remoto de todos, é o Dujiangyan Panda Wilderness, o qual concentra-se principalmente na pesquisa de novas técnicas de reprodução e assimilação dos animais ao ambiente selvagem. A pesquisa desenvolvida no local se dedica fundamentalmente ao treinamento de adaptação à transição, “para aclimatar os jovens pandas nascidos em cativeiro antes da liberação final na natureza”.