Holanda constrói ilhas artificiais para salvar vida selvagem

HAUS
10/02/2019 10:00
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Imagens: Divulgação

Pesquisadores da Holanda estão apostando em uma saída de grandes proporções para salvar a fauna do lago Markermeer — um dos maiores lagos de água doce da Europa, com 70 mil hectares de área e de grande importância para conter enchentes na região. O país está investindo na construção de cinco ilhas artificiais, com o objetivo de trazer de volta a vida selvagem ao espaço que se tornou inabitável pelos animais.
Foto: reprodução/AFP/Getty Images
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As ilhas estão sendo criadas com uma nova técnica que utiliza um tipo de lodo, híbrido entre argila e areia. A iniciativa é da ONG holandesa Natuurmonumenten, que promove trabalho de preservação do meio ambiente.
O chefe do projeto, Jeroen van der Klooster, explicou ao DailyMail que a ideia é cavar um corredor de 1,2 km na ilha principal para permitir que o lodo, guiado por correntes aquáticas, vá formando áreas pantanosas com solo fértil e reservatórios onde as aves migratórias possam comer. Os pesquisadores estimam que 30 mil andorinhas já tenham visitado a ilha durante 2018.
Foto: reprodução/AFP/Getty Images
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O orçamento previsto para as ilhas artificiais é de 54 milhões de libras (cerca de R$ 260 milhões), a maior parte dos quais foi doada pelos cidadãos do país. A ilha principal é aberta para visitantes, mas as outras quatro são reservadas para a fauna e a flora locais.
O Markermeer é um lago artificial, criado em 1975 quando um dique foi construído através do lago vizinho, o Ijsselmeer, conectando duas regiões da Holanda que ficavam separadas pela água. Na época de sua criação, o Markermeer era o habitat de uma grande variedade de peixes e aves. Ao longo dos anos, no entanto, os níveis de nutrientes no lago decaíram, e a fauna diminuiu drasticamente.

E como trazer a vida de volta?

O projeto não conta apenas com a estrutura das ilhas para trazer a vida selvagem de volta. Na água, há um grande número de plânctons que servem de alimento para as aves, o que serve de pontapé inicial. Juncos recém-plantados também são uma aposta para a flora. Os pesquisadores esperam que, posteriormente, o arquipélago possa trazer peixes e outros animais selvagens de volta à área.
Foto: reprodução/AFP/Getty Images
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Na ilha principal, foram erguidos três observatórios de pássaros, uma casa para o guarda florestal da ilha, e doze quilômetros de passarelas e estradas não pavimentadas.

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