Sustentabilidade

Projeto recolhe lixo orgânico em casa para transformá-lo em adubo

*Camila Machado
25/01/2019 18:56
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Balde do Compostar para o armazenamento de resíduos orgânicos em residências. Em empresas, a frequência de coleta é a mesma - semanal, mas, no lugar das sacolinhas, são distribuídos tonéis com capacidade para 45 litros. Foto: Facebook/Projeto Compostar.

Um projeto de fácil implementação e que consegue atender de forma imediata quem está preocupado com o destino do lixo que produz. Achou interessante? Essa foi a ideia do engenheiro civil Lucas Moya quando resolveu criar o Projeto Compostar, há quase dois anos, em Brasília, e que chegou a Curitiba em novembro passado.
“Me incomodava muito o fato de viver na cidade que tinha o maior lixão da América Latina [Lixão da Estrutural, desativado em 2018] e não tomar uma atitude”, explica Moya. Foi quando, por meio um financiamento coletivo, ele convocou as pessoas que dividiam a mesma angústia para realizar o processo que dá nome ao projeto e transforma os resíduos orgânicos em adubo. “É comida que vira comida de novo”, diz.
A sacola plástica distribuída pelo projeto é feita de biomassa e se decompõe em um prazo de um mês. Foto: divulgação/Facebook Projeto Compostar.
A sacola plástica distribuída pelo projeto é feita de biomassa e se decompõe em um prazo de um mês. Foto: divulgação/Facebook Projeto Compostar.
O Compostar funciona por assinatura. O cliente compra um serviço mensal de recolhimento de resíduos orgânicos e combina o dia e horário da coleta (que é semanal) na porta de casa. O assinante recebe um balde e uma sacola (a base de biomassa) para armazenar os restos da comida que consome no período e, no final de 30 dias, ganha uma muda de hortaliça ou um saco de adubo — o processo de compostagem que transforma o lixo em adubo pode demorar até quatro meses.
Na capital federal, a estimativa é que o Projeto Compostar já tenha recolhido 400 toneladas de resíduos orgânicos. Segundo o seu criador, hoje, a coleta porta a porta atende mais de 200 casas e 40 empresas na cidade. A assinatura do serviço em Brasília custa R$ 65, mês.

Expansão

A ideia do Compostar cresceu e foi notada por outras cidades. É o caso de Curitiba, que recebeu o projeto em novembro do ano passado. Quem toca o desafio na capital paranaense é o engenheiro ambiental Luiz Prado Falcão. “Conheci o Compostar a partir de um contato de um amigo e achei que também funcionaria aqui”, conta.
A operação começou há três meses e já reúne 41 assinantes, entre residências e empresas. “A maior dúvida de quem começa a usar o Compostar é em relação ao armazenamento dos resíduos em casa até o dia da nossa coleta. Se vai causar mau cheiro. Mas sempre esclarecemos que o balde fica bem lacrado e não há essa possibilidade”, afirma.
Desde novembro de 2018, o Compostar Curitiba já recolheu quase 2 toneladas de resíduos. Na capital, a assinatura do Projeto Compostar – para uma casa de duas pessoas – custa R$ 55 por mês.
*Especial para a Haus. 

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