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Cinco perguntas

Para entender: empresa permite escolher o QI do seu filho

Banner divulga serviço da empresa Nucleus, em New York: flerte com a eugenia. (Foto: Divulgação/Nucleus)

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Uma startup americana chamada Nucleus Genomics causou polêmica em Nova York em novembro ao anunciar um serviço que permite selecionar embriões. Pais que fazem fertilização in vitro podem escolher o futuro bebê com base em características como altura, cor dos olhos e até QI.

Como funciona a seleção de embriões?

O processo começa com a fertilização in vitro, que gera vários embriões. Células de cada um são analisadas geneticamente. A empresa cria um relatório que dá "notas" para cada embrião, indicando a chance de ele desenvolver doenças ou ter certas características. Com base nisso, os pais decidem qual embrião implantar no útero e quais descartar. A técnica usa modelos conhecidos como "pontuações de risco poligênico".

Quais características podem ser escolhidas?

A análise mapeia cerca de 2.200 itens. A maioria é para reduzir o risco de doenças, como Alzheimer e câncer. No entanto, a lista inclui também características polêmicas e não médicas, como altura, cor dos olhos, QI, calvície e até mesmo o Índice de Massa Corporal (IMC), que indica a predisposição à obesidade.

Essa prática é legal nos Estados Unidos?

Não existe uma lei federal que proíba testes genéticos para fins não médicos, e a situação varia em cada estado. Em Nova York, onde a empresa atua, não há uma proibição clara. O setor funciona com base na autorregulação das clínicas e em orientações de sociedades científicas, que pedem cautela e transparência sobre os limites da tecnologia.

Por que a seleção de bebês é ligada à eugenia?

Eugenia é a ideia de “melhorar” a população a partir de critérios genéticos, prática que foi um dos pilares do nazismo na Alemanha. O regime de Hitler buscava fortalecer a "raça ariana" e eliminava os "indesejados". A polêmica surge porque a seleção de embriões promove a escolha de vidas consideradas mais "valiosas" com base em características genéticas, descartando as outras.

A tecnologia para prever as características é confiável?

Especialistas apontam limitações. Primeiro, os dados usados nos algoritmos vêm principalmente de populações europeias, o que reduz a precisão para outros grupos étnicos. Além disso, características como altura e QI não dependem só da genética, mas também do ambiente e do estilo de vida, o que torna as previsões pouco confiáveis.

Este conteúdo foi gerado com inteligência artificial. Para acessar a informação na íntegra e se aprofundar sobre o tema, consulte a reportagem a seguir.

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