Elon Musk demitiu metade do time de Integridade Eleitoral do X, antigo Twitter, na quarta-feira (27). A equipe era encarregada de monitorar e censurar conteúdos relacionados a eleições em todo o mundo.
“Ah, você quer dizer a equipe de “Integridade Eleitoral” que estava minando a integridade eleitoral? Sim, eles se foram”, disse Musk em resposta à publicação do perfil X News Daily [Notícias diárias do X], que publicou a notícia na rede.
As baixas incluem vários funcionários que trabalhavam no escritório da empresa em Dublin, Irlanda, incluindo Aaron Rodericks, que era o chefe da equipe, conforme primeiramente reportado pelo site especializado em tecnologia e inovação The Information.
Rodericks seria próximo de Yoel Roth, chefe do departamento de moderação/censura antes de Musk assumir o Twitter e que saiu da empresa no início da reestruturação feita pelo bilionário.
No dia 31 de agosto, Mike Benz, que foi secretário adjunto de comunicações internacionais e política de informação do governo Trump, afirmou em seu perfil no X que a censura poderia voltar à rede. Ele se referia a novas contratações que Rodericks estaria realizando para a equipe de “Integridade Eleitoral”.
Em resposta à controvérsia, no dia 17 de setembro, Musk voltou a afirmar seu compromisso com a liberdade de expressão e disse que, devido ao tamanho da rede, obviamente não tinha conhecimento de tudo o que acontecia na empresa.
Apoiadores de Musk apoiaram a iniciativa, enquanto parte da imprensa reprovou. As reportagens criticam a atitude do bilionário diante das eleições em 70 países no próximo ano.
A medida chega logo após a publicação de um relatório da Comissão Europeia, no qual o Centro de Transparência aponta que o X/Twitter seria a rede social na qual circula mais “desinformação”.
Recentemente, a UE aprovou um novo conjunto de normativas digitais que, segundo especialistas, podem levar à prática de censura nas redes.
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