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Elon Musk reforçou compromisso do X/Twitter com a liberdade de expressão
Elon Musk reforçou compromisso do X/Twitter com a liberdade de expressão| Foto: Trevor Cokley / US Air Force / Wiki Commons

No domingo (17), Elon Musk fez uma postagem em seu perfil no X/Twitter no qual reafirma seu compromisso com a liberdade de expressão.

“Correndo o risco de afirmar o óbvio, não sei o que se passa com cada parte desta plataforma o tempo todo, mas a nossa política a nível mundial é lutar pela máxima liberdade de expressão perante a lei. Qualquer pessoa que trabalhe para a X Corp e não opere de acordo com este princípio será convidada a prosseguir a sua carreira em qualquer uma das outras empresas de redes sociais que vendem a sua alma por um dinheirinho”, disse.

A postagem veio em resposta a uma publicação de um perfil dedicado a divulgar notícias sobre a rede, chamado X News Daily, segundo o qual o X estaria atendendo a um número crescente de solicitações do governo alemão para identificar usuários que disseminam discurso de ódio.

A publicação afirma que o aumento da demanda ocorreu após a aquisição da rede por Elon Musk. A postura do governo alemão teria acendido o alerta entre os defensores das liberdades civis, “devido à natureza estrita e ampla das leis alemãs contra o discurso de ódio”.

O perfil especula que as reduções na equipe do X na Europa seja uma explicação para uma possível maior conformidade com as demandas de censura dos governos da região. No entanto, sinaliza que essa postura “contrasta” com o que ocorre em outros países, como Índia e Turquia, nos quais a rede segue contestando legalmente tais demandas.

Mas a publicação de Musk também responde a outra denúncia, que mira em um funcionário da rede, Aaron Rodericks, que estaria trabalhando de forma contrária à visão de Musk.

O funcionário seria próximo a Yoel Roth, chefe do departamento de moderação/censura antes de Musk assumir o Twitter e um dos primeiros funcionários demitidos na reestruturação da empresa feita pelo bilionário.

No dia 31 de agosto, Mike Benz, que foi secretário adjunto de comunicações internacionais e política de informação do governo Trump, publicou uma série de posts alertando sobre Rodericks e uma possível volta da censura na rede.

Sob a tutela da CEO do X, Linda Yaccarino, Rodericks estaria recrutando pessoas para trabalhar na equipe que irá gerenciar os conteúdos e publicidades eleitorais, mas não o faria de forma neutra.

Benz questiona a adequação de Rodericks ao cargo e mostra postagens nas quais ele abertamente xinga Musk, ao relatar um episódio em que o bilionário se destempera ao pegar seu café da manhã, e Ben Shapiro, fundador do site conservador The Daily Wire.

Em outra postagem, Rodericks teria promovido a Agência de Segurança Cibernética e Infraestrutura (CISA), que, de acordo com Benz, é “agência de censura mais escandalosa do governo”.

“Ele está trabalhando ativamente contra a visão professada por Musk”, afirma Benz, que também mostra que, em seu perfil, Rodericks destaca sua conta no Bluesky, uma rede concorrente lançada para assassinar o Twitter após a aquisição de Musk.

No dia 29 de agosto, uma publicação no blog do X informou sobre a nova Política de Integridade Cívica, que será adotada em razão das eleições presidenciais dos EUA no próximo ano.

“Estamos atualizando esta política para garantir que alcancemos o equilíbrio certo entre lidar com os tipos de conteúdo mais prejudiciais – aqueles que podem intimidar ou enganar as pessoas para que renunciem ao seu direito de participar de um processo cívico – e não censurar o debate político”.

Além de contratar pessoas para moderação e avaliação de conteúdos, a rede também passará a veicular propaganda política. Um centro global de transparência publicitária garantirá que apenas candidatos, seus partidos e grupos a eles ligados possam anunciar.

“Com base no nosso compromisso com a liberdade de expressão, também permitiremos a publicidade política. [...] Isto incluirá a proibição da promoção de conteúdos falsos ou enganosos, incluindo informações falsas ou enganosas destinadas a minar a confiança do público numa eleição, procurando ao mesmo tempo preservar o discurso político livre e aberto”.

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