O Facebook vai exigir que quem quiser divulgar anúncios políticos e eleitorais na plataforma, incluindo mensagens sobre temas sensíveis que estejam em debate público em diferentes países, seja identificado nos Estados Unidos, segundo postou a própria rede social em seu blog na tarde desta sexta-feira (6). Com isso, o Facebook espera evitar a influência externa na corrida eleitoral legislativa no país.
Cada um desses anúncios terá um ícone no canto superior esquerdo, que identificará o conteúdo como "anúncio político" e dirá quem está pagando pelo material.
O Facebook informou que está trabalhando numa lista de tópicos sensíveis junto com parceiros, e que quaisquer anúncios sobre temas "que estejam sendo debatidos em âmbito nacional" passarão pela verificação da plataforma. Os anunciantes só poderão divulgar o material patrocinado após o processo de verificação.
O usuário também poderá verificar todos os posts que aquele patrocinador está divulgando no Facebook, mesmo que não estejam em seu feed de notícias. A ferramenta, chamada "exibir anúncios", estará disponível a partir de junho.
Esta é mais uma das medidas que a empresa coloca em ação para tentar melhorar sua imagem após o escândalo do vazamento de dados de mais de 80 milhões de usuários - que incluiu também mais de 400 mil perfis de brasileiros - que pode ter influenciado as eleições presidenciais norte-americanas em 2016. É provável que essa regra seja adotada no Brasil também.
Em outubro, o Facebook já havia implementado uma política que apenas anunciantes autorizados poderiam publicar anúncios eleitorais. A partir de agora, qualquer assunto relacionado à política também precisará ser autorizado pela rede social, como por exemplo, anúncios que falem sobre imigração. A rede social vai elaborar uma lista com temas políticos relacionados ao debate político.
“Para serem autorizados pelo Facebook, os anunciantes precisarão confirmar sua identidade e localização”, explicaram os vice-presidentes de Locais e Páginas, Alex Himel, e de Anúncios, Rob Goldman.
As novas exigências já começaram a ser testadas nesta semana e os usuários dos Estados Unidos começarão a ver os anúncios identificados nos próximos meses.
