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Frases da Semana: “Por que a estrela não mia? Porque astro-no-mia”

“Por que a estrela não mia? Porque astro-no-mia” – Geraldo Alckmin, fazendo piadinha durante visita a uma fábrica automotiva
“Por que a estrela não mia? Porque astro-no-mia” – Geraldo Alckmin, fazendo piadinha durante visita a uma fábrica automotiva (Foto: Balão de diálogo adicionado sobre foto de EFE/ Jarbas Oliveira)

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“Sofri uma campanha misógina de desvalorização” – Nísia Trindade, socióloga e ex-ministra da Saúde, sobre sua demissão efetivada por Lula. Que pena, ela tinha potencial de sobra para ser demitida por incompetência mesmo. 

“Inaceitável! A Unidos de Padre Miguel perdeu pontos no Carnaval porque usou ‘excesso de termos em iorubá’ no samba-enredo” – lamentou Margareth Menezes, cantora e ministra da Cultura. Parece que a indignação foi tanta que ela ia até soltar a nota de protesto em iorubá. Se ela soubesse falar a língua. 

“O Brasil vai mal” – sentenciou Indermit Gill, economista-chefe do Banco Mundial. E o pior é que ninguém faz ideia para onde. 

“Namorar uma narcisista me adoeceu muito, foi a pior relação da minha vida” – Kéfera Buchmann, influenciadora digital. São os perigos do excesso de amor-próprio. 

“Destacamos a decisão do ministro Dias Toffoli de anular as provas do acordo de leniência da Odebrecht. O Brasil exportou corrupção, e agora exporta impunidade” – Transparência Internacional, ONG anticorrupção. Ainda vamos ensinar ao mundo como se faz. 

“Drogas psicodélicas podem ter reduzido trauma de israelenses em ataque do Hamas a festival de música” – manchete da Folha de S. Paulo. O LSD explica muita coisa, inclusive algumas escolhas editoriais do jornalismo brasileiro. 

“Eu tramei com o Pateta, com o Pato Donald, com o Mickey Mouse, só pode ser isso aí” – Jair Bolsonaro, revelando os detalhes por trás da trama do “golpe”. Se ele confessar que o alvo eram realmente os Irmãos Metralha, já pode pedir uma delação premiada. 

“Deter ou prender maconheiro, não tem como ser mais inútil que isso” – Guga Noblat, blogueiro. Verdade, o sujeito só vai perceber que foi preso umas três horas depois, quando o juiz já tiver mandado soltar. 

“O acordo não constitui reconhecimento de culpa ou de prática de atos irregulares pela Petrobras e atende aos melhores interesses da Companhia, tendo em vista as peculiaridades da legislação norte-americana” – nota da Petrobras, após desembolsar US$ 283 milhões para encerrar litígio do Petrolão nos EUA. Entre essas tais “peculiaridades” da legislação americana, destaca-se uma tendência fascista de tratar a corrupção como crime. 

“Burkina Faso mostra que é possível um projeto nacional e antineoliberal” – Heribaldo Maia, professor de história, elogiando a inauguração de uma fábrica de detergentes no país africano. Nada rima tanto com desenvolvimento quanto Burkina Faso.  

“Todas as ideias ruins são francesas. É um princípio absoluto da existência humana” – David Starkey, historiador britânico. Nem sempre. Algumas ideias ruins são alemãs, principalmente quando inspiradas pelas francesas. 

“Um escárnio, não é? Tem que demolir mesmo, porque não pode servir como símbolo de ostentação do crime” – Andreia Sadi, apresentadora de TV, sobre “resort” de traficante demolido no RJ. E aquele sítio em Atibaia, símbolo do Petrolão, ainda está de pé? Que escárnio, não é? 

“Folha deveria excluir a seção de comentários” – Mariliz Pereira Jorge, colunista da Folha de S. Paulo. Só faltou dizer que é para proteger a democracia. 

“Por que a estrela não mia? Porque ‘astro-no-mia’”

Geraldo Alckmin, fazendo piadinha durante visita a uma fábrica automotiva. E você achava que a piada mais infame do Alckmin tinha sido apoiar o Lula. 

“Com comida cara, brasileiros apelam à carcaça de frango e espinha de porco” – manchete do Portal UOL. Mas pelo menos salvamos a democracia. 

“Como o governo não plantou, não vai colher. Ou vai colher problema” – Armínio Fraga, ex-ministro da Fazenda e lulopetista de ocasião. Não perca, em breve a cinebiografia de Armínio: “Ainda Estou com Medo”. 

“Ô, Gleidson, tá trabalhando?” – Luís Roberto Barroso, ministro do STF, abusando do latim ao passar o pito em aspone durante sessão da Corte. Gleidson, as lagostas não vão se servir sozinhas. 

“O mundo vive um momento de algum grau de escuridão, nosso papel nessa vida vai ser acender algumas luzes para atravessar a escuridão” – Luís Roberto Barroso, em discurso no dia de seu aniversário. Ok, Ministro, só não vá usar isso como desculpa para se fantasiar de vagalume e ir passear no Aterro do Flamengo às 2h da manhã. 

“Aula inaugural de curso sobre democracia em Brasília prevê participação de Moraes”manchete da Folha de S.Paulo. E, para aqueles interessados em aprofundar ainda mais os estudos, o módulo internacional será ministrado por Kim Jong-Un.

Belas, recatadas e do lar 

“Você pode ver, não tem mulher bonita petista. Só tem feia. Incomível” – Jair Bolsonaro. Ele diz isso, mas não pode ver a Maria do Rosário que já fica todo vermelhinho. 

“Quero estabelecer relações com vocês. Por isso coloquei essa mulher bonita para ser ministra de Relações Institucionais” – Lula, em discurso no Congresso. E ainda dizem que fake news é exclusividade da direita. 

“Me veio a imagem da Gleisi, Lindbergh e Davi Alcolumbre fazendo um trisal, um pesadelo!” – Gustavo Gayer, deputado federal (PL-GO), reagindo à fala de Lula. Freddy Krueger se apressou em dizer que não tem nada a ver com esse pesadelo. 

“Caso o presidente Alcolumbre tenha se sentido ofendido, quero deixar bem claro que minhas críticas não se referiam a ele, mas sim ao Chefe do Poder Executivo” – Gustavo Gayer, após sofrer ameaças de cassação devido à fala do “trisal”. O problema de incluir Lula é que deixa de ser trisal e vira quadrilha – e ainda não estamos em época de Festa Junina. 

“O presidente Lula, vez ou outra, escorrega em estereótipos sexistas para responder a um ex-presidente inelegível” – Flávia Oliveira, comentarista da GloboNews, passando aquele pano. Resumindo: foi só um escorregão, e a culpa é do Bolsonaro. 

“Eu não tenho medo, eu não tenho vergonha, eu só tenho coragem” – Janja, em discurso no Dia das Mulheres. Mas disso a gente já sabia desde os dias da carceragem da PF em Curitiba. 

“Pessoas podem não entender, mas racismo ambiental existe” – Anielle Franco, irmã da Marielle e ministra da Igualdade Racial. Não se preocupe, ministra. No ritmo em que está o desmatamento no governo Lula, vai ser difícil sobrar ambiente para alguém ser racista. 

Quem taxa mais? 

“Trump, o cara que Bolsonaro apoia, está lá, taxando” – Fernando Haddad, ministro da Fazenda. Calma, Haddad, isso não é uma competição. 

“Alguém avisa ao Haddad que o Trump está taxando os outros, não o próprio povo” – Jair Bolsonaro. Será que a Janja anda sumida por estar ocupada dando aulas de economia para o Bolsonaro? 

“Vamos desenhar pra ver se Bolsonaro entende: quem paga a conta do aumento de taxas dos produtos importados que Trump está anunciando é o consumidor dos EUA” – Gleisi Hoffmann, ministra das Relações Institucionais. Parece que a Gleisi já até decorou o discurso, de tanto que precisou repetir para os colegas. 

Bandeira branca 

“Estes são tempos extraordinários. Eles exigem medidas extraordinárias” – Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia. Só faltou se vestir de Mulher-Aranha e declarar que com grande poder vem grande responsabilidade. 

“A bola está agora na quadra da Rússia” – discurso repetido por Marco Rubio, secretário de Estado dos EUA, Ursula von der Leyen, Kaja Kallas, vice-presidente da Comissão Europeia, e Emmanuel Macron, presidente da França; sobre as negociações para a paz na Ucrânia. Desde os tempos de Anna Kournikova, a bola na quadra da Rússia não causava tanto alvoroço. 

Cantinho da América 

“Trump promove retorno à lei da selva” – Wang Yi, chanceler chinês. Na selva americana, não tem trabalho escravo, censura, nem preso político. Já a China é bem mais avançada. 

“Sim, Trump prometeu acabar com a guerra em 24 horas, mas não especificamos em que dia” – Keith Kellogg, general americano, enviado especial dos EUA para a Ucrânia e Rússia. Parece que o General Kellogg trocou o Sucrilhos pelo Palhacitos no café da manhã daquele dia. 

“Todos os dias, ouço americanos que estão cansados de mudar seus relógios para frente e para trás” – Rick Scott, senador americano, anunciando lei que visa extinguir o horário de verão. Podiam fazer como no Brasil, que é só duas vezes ao ano. Mudar todo dia realmente é demais. 

A Semana do Presidente 

“O maior orgulho que eu tive de você foi o dia em que você foi preso” – disse um popular a Lula, durante comício. Como bom brasileiro, torço muito para que Lula faça o povo sentir esse orgulho novamente. 

“A galinha não está cobrando caro” – Lula, manifestando surpresa com a alta do preço dos ovos. É porque não é ele quem paga a fatura do cartão corporativo. 

“Saco em pé não para vazio” – Lula, errando ditado ao anunciar pacote de medidas contra inflação. Nem as malas no apartamento do Geddel. 

“Balanço dos dois primeiros anos do governo Lula na economia é, sem dúvida, positivo” – Míriam Leitão, jornalista. Sem dúvida, em matemática o produto de dois números negativos sempre dá positivo. 

“Fale manso comigo” – Lula, em alerta a Donald Trump. O Trump está achando que é quem, o Maduro? 

“Não quero ser um Trump ou Milei” – Lula, sobre seus planos para a economia. Se continuar nesse ritmo, vai acabar se tornando uma Dilma.

“Nós fizemos isso, muito por conta do trabalho do Guimarães, esse cabeçudão do Ceará” — Lula, agradecendo à “articulação” do deputado José Guimarães (PT-CE), ex-líder do Governo na Câmara. Agora, imagine o tamanho do estrago se ele guardasse os dólares no boné, em vez de na cueca?

Alexandre e suas antenas 

“É uma questão de soberania nacional. Porque as big techs necessitam das nossas antenas, por enquanto” – Alexandre de Moraes, juiz do STF, sobre as dificuldades que os profissionais da censura enfrentam com as novas tecnologias. 

“No Brasil hoje só tem 200 mil pontos. A previsão é chegar em 30 milhões de pontos. E aí não adianta cortar antena” – Alexandre de Moraes, lamentando os empecilhos que o amplo acesso a satélites de comunicação causa ao inquisidor moderno. 

“É um jogo de conquista de poder, sendo feito ano após ano, e se a reação não for forte agora vai ser muito difícil conter depois” – Alexandre de Moraes, como bom vilão de James Bond, explicando passo a passo seu plano diabólico. 

Os milagres de Frei Gilson 

“Acordar cedo para lavar uma calçada, estudar ou ir correr no parque ninguém quer” – Helder Maldonado, youtuber, criticando 1 milhão de pessoas nas lives de Frei Gilson às 4h da manhã. Orar de madrugada é perda de tempo, mas postar bobagem no YouTube o dia inteiro é o ápice da produtividade. 

“Eu conheço o trabalho do Frei Gilson, eu ouço suas músicas enquanto lavo a louça” – Tabata Amaral, deputada federal (PSB-SP). A Tabata lavando a louça? Parece que essas orações às 4h da manhã já estão fazendo milagre... 

“Não basta ser rejeitado pelos evangélicos, vamos fazer uma cruzada contra os católicos também?” – André Janones, deputado federal (Avante-MG), criticando perfis esquerdistas por ataques contra Frei Gilson. O Janones fazendo sentido? É outro milagre de Frei Gilson! Mais um desses e ele já pode ser canonizado.

Ari Fusevick é brasileiro não-praticante. Escreve sobre filosofia, economia e política, na margem entre o inconcebível e o indesejável. Colabora com a Gazeta do Povo, Newsmax e New York Post. Autor da newsletter "Livre Arbítrio" e do livro "Primavera Brasileira".

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