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Após a eleição de José Antonio Kast no Chile, análises apontam que seu perfil é de um conservador tradicional, e não de um extremista. Sua longa carreira política e gestos conciliatórios após a vitória indicam respeito pelas instituições democráticas, contrariando rótulos da mídia.
Por que a mídia internacional classifica Kast como extremista?
Logo após sua vitória, veículos de imprensa o definiram com termos como “ultraconservador”, “populista de direita” e até “neofascista”. Essas classificações, muitas vezes contraditórias, são vistas como rótulos fáceis que não levam em conta a trajetória do político e o contexto específico do Chile. O apoio que ele recebeu de figuras da centro-esquerda, por exemplo, não condiz com a imagem de uma ameaça radical à democracia.
O que na sua trajetória indica que ele não é um radical?
Kast tem uma longa carreira política construída dentro das instituições, atuando como vereador e deputado por um partido tradicional. Ele não é um "outsider" que busca romper com o sistema. Suas propostas se baseiam no conservadorismo social e no liberalismo econômico que já eram conhecidos no Chile dos anos 90, o que o torna uma figura mais familiar do que nova para o eleitorado.
Como foram suas primeiras atitudes como presidente eleito?
Seus gestos foram de conciliação. Em um de seus primeiros discursos, defendeu o trabalho da imprensa, repreendendo apoiadores que vaiavam jornalistas. Também reconheceu ex-presidentes de diferentes espectros políticos e pediu respeito a sua adversária derrotada, valorizando o papel da oposição. Essa postura se distancia da retórica de outros líderes que costumam atacar a imprensa e opositores.
Sua eleição representa um risco para a democracia do Chile?
A transição de poder no Chile tem demonstrado a força de suas tradições republicanas. A candidata derrotada reconheceu o resultado rapidamente, e o presidente em exercício ofereceu ajuda ao sucessor. As atitudes de Kast indicam que ele pretende governar dentro do sistema democrático, fortalecendo-o a partir de um polo ideológico oposto, e não rompendo com as instituições.
Qual a diferença entre Kast e outros líderes de direita no mundo?
Embora tenha afinidades com líderes de partidos como o Vox, da Espanha, Kast não adota as mesmas pautas. Ele tem um discurso duro contra a imigração ilegal, mas nunca defendeu ideias mais radicais como a "remigração" (deportação em massa de imigrantes) ou a teoria da "grande substituição", comuns em certos partidos da direita europeia. A política chilena tem suas próprias dinâmicas, o que o posiciona de forma diferente no espectro político.
Este conteúdo foi gerado com inteligência artificial. Para acessar a informação na íntegra e se aprofundar sobre o tema, consulte a reportagem a seguir.




