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Kongjian Yu, um dos maiores arquitetos do mundo, morreu na noite desta terça-feira na queda de uma aeronave de pequeno porte na zona rural de Aquidauana, no Pantanal, no Mato Grosso do Sul. As causas ainda serão investigadas.
Yu é criador do conceito das “cidades-esponja”, um sistema para absorver grandes volumes de água a partir da integração entre urbanismo e gestão da água de infraestruturas de grande escala baseadas na natureza - como zonas úmidas, corredores verdes e parques.
Em 2013, a China adotou esse sistema como política nacional para prevenir inundações. Yu era também professor da Universidade de Pequim, cidade onde abriu seu escritório de arquitetura e urbanismo, o Turenscape. Por meio dele, realizou mais de 1.000 projetos de “cidades-esponja” em 250 cidades ao redor do mundo, incluindo o Benjakitti Forest Park, em Bangkok, e o Dong’an Wetland, em Sanya.
Kongjian Yu veio ao Brasil para a abertura da Conferência Internacional Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR) 2025, realizada em Brasília de 4 a 6 de setembro, onde apresentou as “cidades-esponja” para mais de quatro mil pessoas.
Segundo a CAU, Yu recebeu prêmios como o IFLA Sir Geoffrey Jellicoe Award (2020), o Cooper Hewitt National Design Award (2023) e o RAIC International Prize (2025). Sua contribuição influenciou políticas públicas ambientais na China e em outros países.
“Sua obra deixa um legado de compromisso com a sustentabilidade, a paisagem e a vida urbana. O CAU/BR se solidariza com a família, amigos e colegas do arquiteto”, disse a presidente do CAU/BR, Patrícia Sarquis Herden.
A aeronave caiu na área da Fazenda Barra Mansa, um dos locais onde foi gravada a novela “Pantanal”, da TV Globo, e área turística conhecida por receber visitantes do Brasil e do exterior. Além de Yu, os cineastas e documentaristas brasileiros Luiz Fernando Feres da Cunha Ferraz e Rubens Crispim Jr., e o piloto, Marcelo Pereira de Barros também morreram.
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