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A história tem sido clara desde tempos imemoriais: sistemas econômicos prosperam quando incentivam a iniciativa privada e recompensam o desejo natural por progresso material. Adam Smith chamou esse fenômeno de "mão invisível" em sua obra fundamental, "A Riqueza das Nações", um dos pilares do pensamento econômico moderno. Profissionais e empreendedores só conseguem enriquecer ao atender às necessidades dos outros, oferecendo produtos e serviços a preços que o mercado aceita pagar. Assim, o interesse individual se alinha ao bem coletivo — uma sinergia essencial do capitalismo.
Por outro lado, modelos econômicos baseados em uma ilusória vocação filantrópica para dividir tudo de maneira igual acabam sempre resultando em pobreza e estagnação. Um ditado popular na antiga União Soviética ilustrava bem essa realidade: "Fingimos que trabalhamos, e eles fingem que nos pagam". Experimentos nos Estados Unidos baseados nesta utopia, como a comunidade de Brook Farm [Nota da tradução: a Brook Farm (1841-1847) foi uma comunidade socialista nos EUA, onde trabalho agrícola e intelectual eram compartilhados. Falhou devido a dificuldades financeiras e trabalho árduo subestimado], fracassaram porque os mais produtivos se recusaram a sustentar aqueles que se acomodavam na inatividade.
Os defensores da economia de mercado argumentam que, se todos trabalharem para si mesmos, a produção será suficiente para ajudar os mais necessitados. Por outro lado, os entusiastas da utopia distributivista perdem tempo debatendo como dividir um bolo econômico que só diminui.
Riqueza não surge do nada; ela é fruto de esforço. O Google nasceu em uma garagem em Mountain View, Califórnia. Bill Gates e Mark Zuckerberg largaram a universidade para empreender. Booker T. Washington nasceu escravizado e tornou-se um dos maiores educadores e líderes da história americana.
Os americanos, assim como muitas sociedades modernas, tornaram-se acomodados. No entanto, a história mostra que grandes conquistas exigem sacrifício. Os 56 signatários da Declaração de Independência dos Estados Unidos sabiam que poderiam estar assinando suas próprias sentenças de morte caso o Império Britânico prevalecesse. Ainda assim, comprometeram suas vidas, suas fortunas e sua honra em nome da liberdade.
Vivemos em uma era de oportunidades sem precedentes. A internet disponibiliza acesso gratuito a conteúdos educacionais de alta qualidade. Livros clássicos podem ser baixados com um clique. Qualquer um pode aprimorar suas habilidades de comunicação gratuitamente. Se alguém prefere perder tempo em redes sociais, shows de celebridades ou entretenimentos efêmeros, não pode culpar os outros por sua falta de progresso. A maioria dos imigrantes vem para os Estados Unidos para fazer trabalhos que os americanos não são qualificados ou são indolentes demais para fazer.
Muitos jovens são atraídos pelo socialismo porque desconhecem tanto a história quanto a natureza humana. Sonham com uma sociedade onde todos são igualmente bem-sucedidos, uma utopia onde o altruísmo reina soberano. No entanto, essa visão romântica ignora realidades econômicas e sociais fundamentais. Eles não têm coragem de ver o mundo como ele realmente é.
Com o tempo, a maturidade tende a corrigir essas ilusões. Como Winston Churchill teria dito: "Se um jovem não é socialista aos 20 anos, ele não tem coração. Se ainda for socialista aos 40, ele não tem cabeça".
O capitalismo não é um sistema perfeito, pois nenhuma estrutura criada por seres humanos pode ser. Desigualdades sempre existirão. Nem todos nascem em condições favoráveis, e não escolhemos nosso local de nascimento ou nossa família. No entanto, o capitalismo oferece mais oportunidades de ascensão do que qualquer outro modelo econômico.
O socialismo, ao confiar o destino das pessoas ao Estado, gera um ambiente em que as elites políticas decidem quem prospera e quem fica para trás. As maiores desigualdades econômicas surgem exatamente onde o governo centraliza o poder — vide Coreia do Norte, Irã, Rússia e China. Não é coincidência que esses países não tenham problemas com imigração; poucos querem se mudar para lá.
Com o tempo, a experiência ensinará aos mais jovens que não devemos sacrificar o que é bom em nome de um ideal inalcançável de perfeição.
Armstrong Williams é colunista do The Daily Signal e apresentador do "The Armstrong Williams Show", programa de TV exibido nos Estados Unidos.
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©2025 The Daily Signal. Publicado com permissão. Original em inglês: Socialism Is a False Dawn






