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Transexualidade é incongruência de gênero e não pode ser diagnosticada antes da puberdade

Transexualidade deixou de estar entre as doenças mentais, mas continua na lista oficial de doenças da Organização Mundial da Saúde

Prédio da Organização Pan-Americana de Saúde | PAHO/Divulgação
Prédio da Organização Pan-Americana de Saúde (Foto: PAHO/Divulgação)

A transexualidade vai mudar de classificação na lista oficial de doenças da Organização Mundial da Saúde (OMS). Ela deixará de constar na lista de doenças mentais e passará a ser tratada como “incongruência de gênero” na nova versão da Classificação Internacional de Doenças, a CID-11, dentro da categoria de condições relativas à saúde sexual.

O anúncio da alteração foi feito nesta segunda-feira (18), mas será apresentada oficialmente na Assembleia Mundial da Saúde da Saúde de 2019. A CID-11, porém, entrará em vigor só em 2022.

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A categoria de “condições relacionadas à saúde sexual” é o item 17 da nova CID-11. A incongruência de gênero tem como subitens o período da adolescência e da vida adulta (HA60), a incongruência detectada durante a infância (HA61) e um terceiro tópico intitulado como “incongruência de gênero sem especificação” (HA6Z).

A incongruência de gênero entre adolescência e idade adulta é descrita no documento por uma desconexão acentuada e persistente entre o sexo experimentado pelo indivíduo e o sexo biológico. O documento afirma que o diagnóstico não pode ser definido antes do início da puberdade e deve corresponder a um estado presente no indivíduo durante vários meses. O texto da OMS ressalta ainda que apenas o comportamento e as preferências de gênero não são base suficiente para fazer o diagnóstico.

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Já em relação à infância, o documento não fala de diagnóstico possível nessa fase. Mas cita que existe a possibilidade de incongruência de gênero na infância caracterizada por uma persistência por mais dois anos no desejo de ser de um gênero diferente do sexo biológico aliado a uma forte antipatia pela própria anatomia sexual. Porém, aponta que essas características não são base para fazer um diagnóstico definitivo.

De acordo com a OMS, a transexualidade continua na lista de doenças porque “embora sejam claras as evidências de que não é um transtorno mental, e de fato classificá-lo assim pode causar enorme estigma para as pessoas transgênero, ainda permanecem necessidades significativas de cuidados de saúde que podem ser melhor atendidas se a condição for codificada na CID”.

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