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Bem-estar

A casa saudável para os alérgicos

Produtos com tecnologias específicas e cuidados especiais permitem ter uma moradia bonita e confortável

Fátima optou por um quarto com piso em madeira, sem tapetes e cortinas, pelo bem-estar da filha, Júlia, que sofre de sinusite e rinite | Marcelo Elias/Gazeta do Povo
Fátima optou por um quarto com piso em madeira, sem tapetes e cortinas, pelo bem-estar da filha, Júlia, que sofre de sinusite e rinite (Foto: Marcelo Elias/Gazeta do Povo)
Edredom antialérgico Meninas Acqua, da Altenburg. Custa R$ 145, na Alergocenter |

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Edredom antialérgico Meninas Acqua, da Altenburg. Custa R$ 145, na Alergocenter

Girafa Jubiléia, antialérgica e atóxica. Custa R$ 82, na Fom |

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Girafa Jubiléia, antialérgica e atóxica. Custa R$ 82, na Fom

Rolo Mini Folhas (R$ 62) e Rolo Mini Bonfim (R$ 64), antialérgicos, antibacterianos e atóxicos, na Fom |

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Rolo Mini Folhas (R$ 62) e Rolo Mini Bonfim (R$ 64), antialérgicos, antibacterianos e atóxicos, na Fom

Desumidificador de ar, na cor preta, da Cappoia. Por R$ 380, na Alergocenter |

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Desumidificador de ar, na cor preta, da Cappoia. Por R$ 380, na Alergocenter

Almofada Mandalas: antialérgica, antibacteriana e atóxica. Custa R$ 82, na Fom |

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Almofada Mandalas: antialérgica, antibacteriana e atóxica. Custa R$ 82, na Fom

Travesseiros Clássico Adulto (R$ 179) e Nap Brasil (R$ 72), da Fom. São antialérgicos, antibacterianos e atóxicos |

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Travesseiros Clássico Adulto (R$ 179) e Nap Brasil (R$ 72), da Fom. São antialérgicos, antibacterianos e atóxicos

Confira algumas ações que ajudam pessoas com alergia a ter uma vida mais confortável |

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Confira algumas ações que ajudam pessoas com alergia a ter uma vida mais confortável

A casa de uma pessoa alérgica, principalmente se for respiratória, tem muitas restrições de decoração quando se trata de cortinas, estofados, almofadas, carpetes e tapetes. Quando o problema está nas crianças, inclui-se o cuidado com brinquedos, como os de pelúcia. Uma rotina mais frequente de limpeza desses itens é fundamental para um dia a dia confortável, principalmente no dormitório. A escolha correta dos produtos permite ter uma casa bonita e decorada de maneira saudável.

A primeira recomendação dos especialistas é evitar ao máximo o uso de tecidos nos ambientes. Se for inevitável ter uma cortina, a solução é preferir tecidos la­­váveis e de fácil manutenção, como in­­dica a designer de interiores Ara­­bella Galvão, coordenadora da pós-graduação em Projeto de Interiores do Centro de Educação Profis­sional de Design, Artes e Profissões (Cepdap). "A cortina acumula muito pó. Sugiro tecidos leves, como o voil, e que seja de fácil fixação e retirada, porque a limpeza tem de ser frequente". Se preferir as persianas, opte pelas de aletas verticais, que são mais fáceis de manter, diz a profissional. "A limpeza da persiana horizontal é chata, deve ser feita aleta por aleta. A vertical é mais fácil, po­­rém, o visual fi­­ca muito comercial, por isso não aconselho em quartos de dormir."

Para ter praticidade no dia a dia, Ara­­bella indica que as argolas das cortinas sejam de pano, costuradas na própria cortina, para utilizar em varão e poderem ser limpas em má­­quina de lavar, ou trilho suíço, que funciona como um pregador. A franqueada da Trilho Suisso em Curi­­tiba, Cristiane de Medeiros Ro­­drigues, explica que o acessório é muito prático e de fácil manutenção. "Custa um pouco mais do que os acessórios convencionais, mas o custo/benefício é maior. Ele corre com facilidade e permite maior variedade de pregas no tecido, que dão charme". Outra sugestão é o acabamento com botão de pressão. "A cortina sai retinha, sem marcas. Naturalmente formam-se as pregas ao ser presa."

Adaptação

A dona de casa Fátima Terezinha Carvalho Moraes teve de adaptar o lar em nome da saúde e bem-estar dos filhos. Ela se desfez de cortinas, tapetes e carpetes para que Júlia, de 17 anos, e Otávio, de 20 anos, sobrevivessem aos problemas de sinusite, rinite e bronquite. As janelas têm venezianas em alumínio. No lugar de cortinas de tecido, o visual de um bosque co­­mo decoração. "A área aqui é muito arborizada e posso deixar tudo aberto, porque não temos vizinhos em volta", diz a mãe.

Durante o dia, a casa fica com as janelas abertas, para ficar bem arejada. "Se deixar fechada, a respiração logo tranca assim que entram e ficam muito mal". Júlia conta que seus bichinhos de pelúcia precisam de banho toda semana, para mantê-los na decoração do quarto. "Não posso ficar muito perto, abraçada com eles, senão logo começa a dar coceira no nariz", re­­lata.

Bichos de pelúcia como os de Júlia acumulam poeira muito facilmente, por causa dos pelos longos. Ela fica impregnada e alimenta os ácaros, que se proliferam. Para não ter de abrir mão de objetos que decoram e de brinquedos, a melhor so­­lução é optar por produtos sem pe­­los e antialérgicos. "Como têm su­­perfície lisa e recebem tratamento específico na sua produção, não pro­­vocam esses tipos de alergia. É possível uma criança ter um quarto alegre e divertido, mesmo tendo es­­se tipo de problema", comenta a arquiteta Betina Lafer, responsável pelo desenvolvimento dos produtos da Fom. Ela indica itens que pos­­sam ser lavados com água e sabão ou pano úmido. "Espirrar antialérgicos e acaricidas em tecidos, paredes e cabeceiras de cama aumentam a proteção."

A ação, no entanto, é recomendada para situações temporárias, diz o dermatologista e alergologista Ronaldo Régis Möbius, do Serviço de Alergia e Imunologia do Hospital Cajuru, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). "Esse tipo de produto age, mas tem efeito passageiro, não vale a pena. O melhor é a limpeza contínua de objetos e superfícies, para dificultar a procriação de fungos."

As paredes de banheiro e cozinha, por exemplo, podem receber tintas com fungicidas e bactericidas na composição, que reduzem a possibilidade de bactérias e fungos, devido ao calor e umidade. Para os demais ambientes, como quarto, há tintas acrílicas, sem cheiro. "Em apenas um dia não se sente mais cheiro de tinta e um alérgico pode dormir no local tranquilamente."

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