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Lareiras

Aconchego dentro e fora de casa

O ambiente convidativo das lareiras ultrapassou a porta de casa e agora está presente em espaços externos. O cliente pode escolher entre várias opções de materiais

Lareira a lenha, em limestone vermont e madeira, integra os ambientes da casa da empresária Ana Abreu | Daniel Derevecki/Gazeta do Povo
Lareira a lenha, em limestone vermont e madeira, integra os ambientes da casa da empresária Ana Abreu (Foto: Daniel Derevecki/Gazeta do Povo)
Modelo Loft a álcool, da Artfire: aço inox com estrutura em aço |

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Modelo Loft a álcool, da Artfire: aço inox com estrutura em aço

Vesúvio, da Labro Fuego, no espaço de Lupercio Souza/Casa Cor PR |

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Vesúvio, da Labro Fuego, no espaço de Lupercio Souza/Casa Cor PR

Modelo Single a álcool, da Planika Fires, é vendida pela ObraVip.com |

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Modelo Single a álcool, da Planika Fires, é vendida pela ObraVip.com

A lareira na casa de Rudinei Belinkevicius é a gás e traz aconchego ao ambiente da sala |

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A lareira na casa de Rudinei Belinkevicius é a gás e traz aconchego ao ambiente da sala

Luciane Nazário adaptou a lareira a lenha para uma a gás |

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Luciane Nazário adaptou a lareira a lenha para uma a gás

Feitas com diferentes materiais e alimentadas com di­­versos combustíveis, as la­­­reiras, além de esquentar, são artigos que integram as pessoas. Podem também se tornar objetos de decoração da casa, não apenas por sua estrutura, mas pelo próprio fogo que produzem.Para o arquiteto Jorge Elmor, mais importante do que o material utilizado é o poder de reunião trazido pela lareira, sendo recomendado que fique em local de circulação de todos. "Geralmente a lareira está posicionada no centro de um ambiente, para que as pes­­soas fiquem ao redor, em meia lua. Isso remete às seitas primitivas, quando os povos acendiam as fogueiras em rituais."Hoje, as pessoas que desejam criar esse clima em casa têm outras opções além da lenha, como o álcool, o gás e até mesmo biofluídos. Elmor acredita que a lenha oferece mais aconchego ao ambiente, mas as outras opções de combustíveis são alternativas para facilitar a vi­­da das pessoas. "Elas são tentativas de domesticar o fogo. É preciso sim­­plificar a vida do homem mo­­derno", diz. Tradicional

Para o arquiteto, a lareira a lenha se aproxima dos moldes mais primitivos, do tempo em que os homens se reuniam ao redor da chama para celebrar. "O fogo que ela produz ainda tem características próprias: a coloração peculiar e a labareda ir­­­­regular", aponta.

Para ele, a lareira a lenha deve ser utilizada por pessoas que apre­­ciem o ritual de acendê-la, como a empresária Ana Abreu. O modelo, em limestone vermont (um tom de bege) com todas as faces trabalhadas, foi instalado no centro da sala de estar de Ana, como uma escultura que comple­menta o estilo contemporâneo e clássico da decoração. "Ela integra o home e a copa. Ali nós passamos a maior parte do tempo, assistimos tevê, jantamos. É o pon­­to-chave da casa", diz a em­­pre­­sária.

Lupercio Manoel e Souza também optou pelo tradicional para compor o espaço Lounge no Jardim, na Casa Cor Paraná 2010. O decorador usou a lareira Vesúvio, da revendedora de estufas chilenas e argentinas no Paraná Labro Fuego, em um ambiente de estar ao ar livre, com cadeiras, mesas e guarda-sóis. "Quis fazer um espaço mais aconchegante e inusitado", explica.

Praticidade

Outras opções para quem deseja ter uma lareira em casa são as alimentadas por bio-fluídos e álcool. Para usá-las, é necessário despejar o combustível no recipiente destinado e atear fogo.

As profissionais Elôa Pellizzari, Mariana Assad Slivak e Walkiria Nossol Lobo da Rosa decidiram ex­­pe­­rimentar essa nova proposta no espaço Living Room, da Casa Cor Paraná. Duas lareiras de bio-fluído da paulista EcoFireplaces foram embutidas na mesa de centro, feita de madeira laminada com uma chapa de aço. "É uma alternativa prática, que confere um caráter bem funcional ao móvel", comenta Walkiria.

Assim como o bio-fluído, o ál­­cool é outra tendência para quem quer evitar as adaptações exigidas por uma lareira a lenha. No espaço Salão Nobre, os arquitetos Mau­­rício Pinheiro Lima e Carla Matiolli usaram o recurso em uma estrutura de mármore.

A arquiteta Karen Camilotti também escolheu a lareira a ál­­cool para seu espaço na Casa Cor Para­ná, o ambiente funcional Sa­­la Vip e Piano Bar. No centro do salão de mais de 170 metros quadrados, um conjunto de sofás forma uma ilha deixando duas lareiras a álcool em evidência. Os mo­­delos são da Artfire, de Araucária (PR), protegidas com vidro. "Além da temperatura, quis deixar o clima mais quente, mais convidativo."

Para os arquitetos Viviane Ta­­ba­­lipa e Bruno Soares Martins, a lareira a álcool também da Artfire foi uma opção para alcançar um de seus objetivos no espaço Sítio da Gralha Azul da Casa Cor Paraná: o convívio ao ar livre. "Curitiba é uma cidade fria, por isso os espaços externos acabam sendo subutilizados. O fogo faz com que a pessoa também aproveite essas áreas", diz Bruno. Com móveis de madeira teca ao redor, a lareira faz papel de mesa de centro do deque, que une outros dois ambientes do espaço: um lounge e um bosque.

Gás

Lareiras a gás são indicadas para ambientes onde a tubulação ou botijão de gás possam chegar. Ambientes da Casa Cor Paraná 2010, como o ambiente Home Club, de André Bertoluci e Flávia Caldeira, a opção automatizada foi usada nos ambientes interno e externo.

O arquiteto Jayme Bernardo instalou no Espaço Varanda: Green Bar duas lareiras da Decorflama em um balcão, envoltas em água. Segundo ele, o reflexo provoca um efeito marcante. "Os elementos naturais juntos resultam em uma composição única", revela.

A dona de casa Luciane Nazário adaptou a lareira a lenha para uma a gás, por achar mais prático. "É mais fácil e mais limpo. Ficou um ambiente aconchegante para receber os amigos, uma sala com temperatura agradável no inverno", diz. Para Jorge Elmor, arquiteto responsável pelo projeto, no contexto da decoração, com linguagem mais contemporânea, e da praticidade almejada pela família, essa era a melhor opção. "A base em mármore e o duto em aço corten dão aspecto mais moderno. A adaptação foi simples, precisamos apenas levar a tubulação de gás até a lareira", explica Elmor.

O executivo Rudinei Belin­kevicius também optou pela lareira a gás pela praticidade, além do baixo custo. "É uma operação mais limpa e que gasta pouco combustível. Isso fez com que ampliássemos o uso, no mínimo três vezes por semana", diz. A arquiteta responsável Viviane Tabalipa concorda e aponta para a comodidade da opção. "A lenha realmente dá um efeito mais bonito, mas algumas pessoas têm uma vida corrida e precisam de soluções rápidas. Nesse caso, não é preciso se preocupar com a madeira e o ambiente esquenta mais rapidamente", diz. Para otimizar o aquecimento da lareira, Viviane tirou as paredes da cozinha e a integrou às salas de estar e jantar.

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