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Expansão

Aposta no vizinho traz resultado

Há dez anos a paranaense Plaenge constrói no Chile, onde está consolidada e deve crescer mais do que no Brasil

Um pé no Brasil e outro no Chile: Fernando Fabian, da Plaenge, diz que a economia chilena apresenta cenário positivo para crescimento do mercado imobiliário | Arquivo/ Gazeta do Povo
Um pé no Brasil e outro no Chile: Fernando Fabian, da Plaenge, diz que a economia chilena apresenta cenário positivo para crescimento do mercado imobiliário (Foto: Arquivo/ Gazeta do Povo)

Na contramão das incorporadoras paranaenses que fecharam parcerias com empresas de São Paulo para lançar grandes empreendimentos em Curitiba, a Plaenge saiu do Paraná para atuar no exterior. Além de manter um braço nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, a construtora, que exibe números robustos – crescimento de 589% nos últimos cinco anos – rompeu a fronteira e chegou ao mercado chileno.

Os mais de dez anos de atuação no Chile têm saldo positivo: há três empreendimentos em construção, que somam 333 unidades residenciais, nos edifícios Ipanema, Altos de Martel e Valles do Piruco, todos na cidade de Temuco. Antes, a Plaenge já havia construído sete edifícios no Chile, totalizando 888 apartamentos entregues.

Parceria

A oportunidade de atuar lá surgiu quando um executivo chileno propôs parceria a Fernando Fabian, diretor da Plaenge. Experiente no mercado, o executivo tinha desenvolvido projetos imobiliários e buscava uma construtora de confiança que trouxesse, também, aporte financeiro. "Foi logo depois do 11 de setembro de 2001 e ele não conseguia financiamento, por isso nos procurou", lembra Fabian.

A associação entre a Plaenge e o executivo chileno se concretizou em 2002 e deu início ao primeiro ciclo da empresa no país. Os três empreendimentos residenciais deram à incorporadora o conhecimento e a confiança necessários. Já em carreira solo, a empresa lançou outros quatro edifícios em 2009, com a marca Plaenge Chile. O terceiro momento é marcado, agora, pela construção de três empreendimentos e o objetivo de expandir a atuação no país.

Cenário

Fernando Fabian diz que a empresa vai crescer, proporcionalmente, mais no país vizinho do que no Brasil, nos próximos anos. A explicação está na estabilidade da economia chilena e nos índices que o país apresenta: o PIB chileno cresceu 5% em 2012, enquanto a inflação fechou o ano em apenas 1,5%.

Os indicadores do setor também animam. O custo da construção no Chile é, em média, 30% mais barato do que no Brasil, por conta dos métodos construtivos mais avançados e eficientes. Com tecnologia agregada, a construção de um prédio dura somente um ano. Por outro lado, o metro quadrado dos terrenos é mais caro, observa o diretor da Plaenge.

Já o sistema de financiamento imobiliário, diferente do brasileiro, tem prazo mais longo e taxas de juros mais baixas. "Financia-se praticamente todo o valor do imóvel", explica.

Perspectiva

Além disso, observa Fabian, o ciclo de entrega de imóveis novos no Brasil está no auge, após o grande volume de lançamentos a partir de 2008. "No Chile temos perspectiva de realizar mais lançamentos. Há muito que crescer por lá", diz.

Há quatro anos, Gustavo Tomasetti Marcondes se juntou aos três executivos brasileiros e aos funcionários chilenos da Plaenge. Engenheiro civil, Marcondes cursa mestrado em Administração de Projetos Imobiliários e tem o desafio de consolidar a expansão da incorporadora paranaense no país.

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