Com mais de 5 mil metros de extensão, a rua é diversificada. Seu início, no cruzamento com a Alameda Augusto Stellfeld, tem características residenciais, com muitas casas e prédios de pequeno porte, mas o comércio também é forte.
A presença de paralelepípedos é uma marca do passado que desaparece quando ela encontra a via rápida bairro-centro (Rua Martin Affonso).
No mercado imobiliário, a maior disputa por imóveis tanto comerciais como residenciais está na região da Praça da Ucrânia, no coração do Bigorrilho. Ali o metro quadrado de lojas comerciais é de R$ 1.200 para venda, já os terrenos custam em média R$ 600. Valores que são reduzidos quando a avenida ultrapassa o Parque Barigüi. "Neste local não há vagas de estacionamento e o comércio é escasso. Por isso tem a característica de via de passagem de motoristas e ciclistas para os bairros Santo Inácio e Santa Felicidade. O valor do metro quadrado dos terrenos é de, em média, R$ 300", afirma o diretor da imobiliária Freitas Godoi, Emerson de Freitas Godoi.
Para a locação, o metro quadrado é entre R$ 15 e R$ 20. Segundo Godoi, a valorização da avenida é uma conseqüência de sua infra-estrutura. Nas proximidades do bairro Santo Inácio, a disponibilidade de grandes terrenos atraiu investidores. "É um local com muitos condomínios residenciais", diz Godoi.
Há 45 anos vivendo na Cândido Hartmann, Valquiria Wrobel, comerciante e proprietária do armazém Wrobel, conta que a avenida foi inicialmente povoada por imigrantes italianos, ucranianos e poloneses. "Meu pai, que era polonês, decidiu morar na rua porque acreditava que ela seria uma boa região para o comércio. Desde aquela época, há mais de 50 anos, os europeus investiram aqui porque achavam que ela se desenvolveria. Eles estavam certos." Para Valquiria, o comércio será o futuro da Cândido Hartmann. "A segunda geração de herdeiros aos poucos começou a vender as residências que hoje são ocupadas por diferentes tipos de lojas."



