Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
mercado

Comércio de usados mantém estabilidade nas negociações

Crescimento das vendas entre julho e agosto não passou de 2%. Índice manteve-se próximo ao do mesmo período do ano passado

A cada três imóveis vendidos em Curitiba, um é usado | Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo
A cada três imóveis vendidos em Curitiba, um é usado (Foto: Aniele Nascimento/ Gazeta do Povo)

A estabilidade do mercado imobiliário da capital tem reflexos sobre a comercialização dos imóveis usados. Em agosto, o setor registrou crescimento de 1,8 e 1,1 pontos percentuais nas vendas dos espaços comerciais e residenciais, respectivamente, no comparativo com o mês de julho.

INFOGRÁFICO: Confira a velocidade de venda dos imóveis usados

Na avaliação mensal, o Índice de Venda de Usados Sobre Oferta (VUSO) – que mede a porcentagem de unidades vendidas em relação à oferta disponível – foi de 4,9% para imóveis residenciais e de 5% para os comerciais. O indicativo ficou acima do registrado no mesmo período do ano passado para os espaços comerciais, que era de 4,4%, mas caiu para os residenciais, que estava em 5,3%. Os dados são do Instituto Paranaense de Pesquisa e Desenvolvimento do Mercado Imobiliário e Condominial (Inpespar), vinculado ao Sindicato da Habitação e Condomínios do Paraná (Secovi-PR).

"Nos últimos cinco anos, as vendas estiveram muito altas. Agora, o cenário é de estabilidade, que teve início no final do ano passado e se mantém em um movimento natural do mercado", analisa Márcio Favarim, diretor de vendas da Baggio Imóveis.

Segundo o Inpespar, a média mensal de vendas, observados os últimos 12 meses, é de 882 residências e 33 espaços comerciais. Para o presidente do instituto e vice-presidente de Economia e Estatística do Secovi-PR, Maurício Ribas Moritz, isso significa dizer que a cada 3 imóveis comercializados em Curitiba, um é usado.

Valorização

O preço do metro quadrado dos imóveis usados sofreu pequenos reajustes na estimativa mensal realizada pelo Inpespar. Casas e apartamentos tiveram valorização de 0,8%, com metro quadrado a R$ 3.265, enquanto os terrenos foram reajustados em 0,1% e custam R$ 1.003/m². Os espaços comerciais registraram decréscimo de 3% no período e têm o metro quadrado comercializado a R$ 3.378.

"Os imóveis que estão vendendo são os que estão dentro do preço. Os proprietários estão se conscientizando, acatando as avaliações do corretor e se adaptando à realidade de que não adianta colocar o preço lá em cima, porque o mercado não vai absorver", diz Elaine Gonzaga, diretora do Grupo Gonzaga.

No acumulado dos últimos 12 meses, todas as tipologias apresentaram valorização acima dos 10%, número bastante próximo ao dos imóveis novos. A maior alta foi registrada nos terrenos, corrigidos em 14,6%. O preço dos imóveis comerciais subiu 12,4%, enquanto casas e apartamentos foram reajustados em 10,7%. "A avaliação dos imóveis usados é influenciada indiretamente pelo valor de mercado dos novos. Quando o novo valoriza, ele puxa o preço do usado", explica Moritz.

Cenário

Na opinião dos especialistas, em um horizonte de médio prazo o cenário de estabilidade deve se manter, com o setor apresentando pequenas variações, para mais ou para menos, referentes ao volume de vendas e à valorização dos imóveis.

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.