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Construtoras lançam menos e estoque segue em queda em Curitiba

Número de novas unidades ofertadas caiu 62% no primeiro bimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2015

Estoque de apartamentos novos disponíveis na capital caiu 3% em fevereiro em relação ao mês anterior. | Antônio More/Gazeta do Povo
Estoque de apartamentos novos disponíveis na capital caiu 3% em fevereiro em relação ao mês anterior. (Foto: Antônio More/Gazeta do Povo)

Correspondendo às projeções, a retração na oferta de novos apartamentos residenciais se manteve nos primeiros meses de 2016. Entre janeiro e fevereiro, o número de empreendimentos colocados à venda na capital caiu pela metade, passando dos dez para cinco no comparativo com os mesmos meses do ano passado.

A queda mais significativa, no entanto, refere-se ao volume de unidades lançadas, que recuou 62% no primeiro bimestre deste ano e somou 221 imóveis, ante os 580 apresentados ao mercado no igual período de 2015. Os dados são da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi-PR), em parceria com a Brain Bureau de Inteligência Corporativa.

INFOGRÁFICO: veja a evolução da oferta de imóveis em Curitiba.

O cenário político e econômico é apontado pelos especialistas como o principal fator de desestímulo ao investimento das empresas, fazendo com que elas sejam mais cautelosas na decisão pela incorporação. “Estamos no ápice da crise, então todo mundo está esperando para ver o que vai acontecer. A prudência, neste momento, faz sentido”, avalia Fábio Tadeu Araújo, diretor de pesquisa de mercado da Ademi-PR.

A saída de algumas das chamadas “grandes construtoras” – com atuação nacional – do mercado local é outro ponto que impactou o volume de lançamentos, como lembra Leonardo Pissetti, diretor de empreendimentos da Swell Construções e Incorporações. “Algumas empresas estão deixando o estado para explorar as praças onde têm sede. As construtoras locais, por sua vez, continuam desenvolvendo produtos dentro de suas capacidades”, acrescenta.

A análise dos empreendimentos lançados até fevereiro ilustra este movimento, uma vez que todos os imóveis colocados à venda no período são de construtoras curitibanas.

Padrão

Outro ponto que chama a atenção é a pulverização dos lançamentos entre os diferentes padrões de empreendimentos, fazendo com que haja oferta para quase todos os perfis de renda.

Neste sentido, destacam-se os imóveis dos padrões supereconômicos (com preços de até R$ 170 mil) e superluxos (com valores acima de R$ 2 milhões), que tiveram 64 e 24 unidades, respectivamente, lançadas nos dois primeiros meses de 2016 e que não haviam sido contemplados pelos lançamentos do mesmo período de 2015.

Estoque

A retração na oferta de novas unidades ajudou, ainda, a manter a tendência de queda do estoque de apartamentos residenciais novos disponíveis na capital, que era de 9,3 mil unidades em fevereiro. O número ficou 3% abaixo do acumulado em janeiro (9,6 mil unidades) e é 17% menor do que o registrado no mesmo mês de 2015, quando 11,2 mil unidades estavam à venda.

“É quase impossível não terminarmos o ano abaixo das oito mil unidades, o que é um número bem adequado para uma cidade como Curitiba”, projeta Araújo.

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