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Bem-estar

Dormindo nas nuvens

Os confortáveis colchões com molas ensacadas individualmente, espuma viscoelástica e tecidos com fibras naturais são o que há de mais moderno no mercado

Verifique a densidade ideal para o seu biótipo |
Verifique a densidade ideal para o seu biótipo (Foto: )
Conjunto box Nature’s Fresh, tecido com aroma de lavanda, da Maxflex. Preço sob consulta |

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Conjunto box Nature’s Fresh, tecido com aroma de lavanda, da Maxflex. Preço sob consulta

Modelo Hamptom, da FA Maringá: tecido matelassado com íons de prata. A partir de R$ 1.799 |

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Modelo Hamptom, da FA Maringá: tecido matelassado com íons de prata. A partir de R$ 1.799

Conjunto box Evolution Visco Confort, da Maxflex, fio antiestresse. Preço sob consulta |

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Conjunto box Evolution Visco Confort, da Maxflex, fio antiestresse. Preço sob consulta

As molas ensacadas individualmente impedem os ruídos e os atritos |

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As molas ensacadas individualmente impedem os ruídos e os atritos

Conjunto box baú, em viscoelástico, da Exclusiva Castor. Preço sob consulta |

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Conjunto box baú, em viscoelástico, da Exclusiva Castor. Preço sob consulta

Conjunto box Genebra, da Exclusiva Castor, em viscoelástico, com closet |

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Conjunto box Genebra, da Exclusiva Castor, em viscoelástico, com closet

Há pouco tempo um luxo desfrutado em suítes de requintados hotéis, os colchões com materiais de alta tecnologia chegam com força às residências e garantem elevado conforto na hora de dormir. Molas ensacadas individualmente, viscoelástico e fibras naturais são termos específicos cada vez com mais naturalidade no vocabulário dos consumidores. Hoje, apesar do uso desses materiais elevar em cerca de 30% o valor em relação aos colchões de espuma comum, 80% das vendas nas lojas especializadas giram em torno deles.O colchão muito rígido entorta a coluna e exige muito dos músculos, quando deveriam descansar. Os muito macios não dão a sustentação necessária para as partes mais pesadas do corpo. Assim, quadris, ombros e coxas afundam, ao invés de serem moldados, e podem desviar a coluna. "O repouso ideal é aquele que reúne suporte, para o alinhamento correto da coluna, e conforto, para o alívio de pressão", afirma o diretor da Maxflex, Sidney Gonçalves. O mercado tem opções de vários tamanhos, sendo o queen (1,98 x 1,58) o mais procurado. O box completo (colchão + base) custa a partir de R$ 1.500. "A medida padrão (1,88 x 1,38) está pequena para os consumidores. Vinte centímetros a mais no comprimento e dez na largura oferecem um conforto melhor, além de a diferença ser apenas de 10% a mais, em mé­­dia", avalia a gerente da Ex­­clusiva Castor do bairro Juvevê, Katia Alves de Araújo.

Vibração zero

As molas ensacadas são pré-comprimidas, não provocam ruídos por não haver atrito e garantem um sono sem interferências, como explica o diretor comercial da FA Maringá, Luiz Castro. "Os casais, por vezes, sofrem com o fato de o outro se mexer e incomodar, especialmente quando há diferença grande de peso. Nesse caso, o movimento de uma pessoa não atrapalha o sono da outra, porque o outro lado não vibra quando o companheiro se vira."

Para dar a sensação de bem-estar, uma camada de pillow top – espécie de travesseiro gigante sobre o colchão de molas ou em ambos os lados em alguns modelos – é fixada ao colchão de molas ensacadas, recheado de espuma viscoelástica. Esse material ficou popular por meio dos travesseiros, conhecido como um material desenvolvido pela Nasa. "O conforto é muito grande, porque essa espuma tem uma alta capacidade de absorção de choques. A espuma se molda ao corpo e a pessoa não afunda", diz Castro. É uma espuma sem memória, ou seja, ela volta em pouco tempo ao estado original, além de proporcionar o conforto térmico.

Fibras naturais

A qualidade dos tecidos acompanha o alto padrão dos recheios, com utilização de produtos renováveis, como fibra de bambu, soja, aloe vera e algodão, em substituição aos tecidos de poliéster e polipropileno. Outra vantagem é o tratamento com íons de prata, que evitam odores causados por fungos e bactérias, opção recomendada para pessoas que sofrem com alergias. "Hoje temos modelos inclusive com aromas, como o de camomila, que é um componente que ajuda a relaxar", diz o gerente de marketing da Herval, Paulo Pacheco.

Produto terá certificado do Inmetro

Em breve, os fabricantes de colchões terão de seguir regras es­­pecíficas para a elaboração de seus pro­­dutos. O Instituto Nacional de Me­­tro­­­lo­­­gia, Normalização e Qua­­lidade Industrial (Inmetro) está em fase de finalização do Regulamento de Ava­­liação de Conformidade (RAC), que obrigará a certificação desses produtos com base em critérios técnicos definidos pela Asso­cia­­ção Brasileira de Normas Téc­­ni­­cas (ABNT).

O consumidor poderá avaliar a qualidade do produto que está adqui­­­­rindo por meio de selos de con­­formidade do Inmetro afixados nos colchões. Serão avaliados diversos itens, como dimensões do produto (se comprimento, largura e espessura atendem à norma), resistência da matéria-prima em relação à possibilidade de ruptura, alongamento e rasgo, e revestimen­­to (resistência do tecido que reveste o colchão e o risco de propagação de chamas).

A medida começou a ser estudada pelo Inmetro após a sua Ouvido­ria receber reclamações de consumidores relacionadas, principalmente, a dores lombares por causa de deformidades nos colchões e des­­gaste do tecido com pouco tempo de uso. Os resultados de duas aná­­lises foram decisivas. Segundo o Inmetro, foram testados colchões D33 para solteiro por duas vezes nos últimos quatro anos. Em 2006, 47% dos colchões apresentaram inconformidades em relação à norma técnica brasileira. Em 2008, houve au­­mento para 66%.

Em julho, o processo de re­­­gu­lamentação passou por um pe­­río­do de consulta pública no site do Inmetro para obter sugestões da so­­ciedade. Segundo o chefe substituto da Divisão de Programas de Ava­­liação da Conformidade do Inme­­­­tro, Leonardo Rocha, assim que terminar a etapa de consolidação do texto final, ele será publicado no Diário Oficial da União. "Con­­siderando a complexidade do tema e o fato de termos recebido um número considerável de contribuições neste processo, acreditamos que dentro de 90 dias teremos a versão consolidada do documento para publicação definitiva", diz. A partir daí, fabricantes e comerciantes terão um prazo de 18 a 24 me­­ses para adequação.

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