1 de 3
Tampo de mesa, em formato de mandala, construído em mosaico de vidro. O trabalho é de Celina Lima
2 de 3
Mosaico em pastilha de vidro com desenho de um polvo, feito por Luciana Correa para uma casa de praia
3 de 3
Vasos decorados com mosaico de pastilha de vidro em sua base. A composição é de Celina Lima
Com habilidade, a curitibana Celina Lima repete em sua rotina diária uma arte milenar que aprendeu há mais de uma década na faculdade de artes que cursava. Primeiro quebra o material a ser utilizado em seu trabalho. Em seguida, peça por peça, da forma mais artesanal possível, cola os pequenos pedaços obtidos do material quebrado sobre uma base rígida. Aos poucos, as peças vão tomando a forma de desenho, em seus mínimos detalhes. E pronto: completa-se uma nova composição em mosaico.
Celina é mosaicista, nome dado aos artesãos que trabalham com a técnica de colagem de pequenos materiais formando um desenho, figura geométrica ou composição abstrata. Dona de uma loja que elabora e executa projetos com a arte, a Celina Lima Mosaicos, também oferece cursos na área.
Conhecidos desde a Antiguidade, os mosaicos ainda hoje encantam e são amplamente usados como adereços decorativos em prédios, ruas, praças. Basta um olhar mais apurado sobre a cidade para encontrar vários exemplos de sua aplicação. Da fachada do Cemitério Municipal São Francisco de Paula, criada pelo artista italiano Franco Giglio, aos murais de Poty Lazzarotto espalhados por Curitiba.
Nas residências não é diferente. Os mosaicos também são grandes aliados da decoração. É fácil entender o porquê. Sua versatilidade o torna ideal para qualquer ambiente. "Eles podem ser usados no piso, nas paredes, como revestimento, ou simplesmente como um objeto de decoração", diz Celina. Na última categoria, entram vasos, mandalas, móveis, quadros, tampos de mesas e uma infindade de outras aplicações. "Como esse é um trabalho artesanal, cada peça é única."
Os materiais que podem compor os mosaicos também são vastos. Se o interessado quer montar em casa um mosaico de cerâmica, irá consegui-lo. Caso opte por um de mármore, também será possível fazê-lo. E assim com vidro, pastilhas, azulejo e até mesmo EVA (material com aspecto emborrachado). "Tudo depende do que a pessoa quer. Se ela pretende ter um mosaico duradouro, terá de investir em materiais mais rígidos. Caso contrário, pode usar um mais leve", explica a mosaicista, Bea Pereira, da loja Depósito da Ordem.
Bea é uma das referências em mosaicos no Paraná. Ela aponta que Curitiba tem tradição na técnica e grande número de profissionais atuantes. Por alguns anos, a cidade chegou até mesmo a ter uma associação de mosaicistas. Porém, tanta popularidade também exige cuidado do consumidor. Bea afirma que é preciso escolher criteriosamente o mosaicista que irá fazer o projeto em sua casa. "Uma dica é conhecer os trabalhos feitos pelo profissional antes de contratá-lo."
Ideal para as praias
Após alguns anos trabalhando com mosaicos em Curitiba, a mosaicista Luciana Correa trocou o frio da capital paranaense pelas altas temperaturas de Ilhabela, litoral norte de São Paulo. Na bagagem, além das expectativas de vida em uma cidade pequena, levou o desejo de expandir sua arte para novos locais. Hoje, ela tem uma loja de criação e execução de mosaicos, a Luciana Correa Mosaicos, na cidade litorânea.
A aposta deu certo. Por ser um material frio, Luciana descobriu nos mosaicos excelentes elementos para compor ambientes de casa de praia. "Como a cidade em que vivo é quente, tive a oportunidade, desde que vim para cá, de fazer áreas maiores cobertas com o mosaico. Isso era raro em Curitiba, porque o clima frio impedia as pessoas de utilizarem esse elemento, também frio, em espaços maiores."
Serviço:
Celina Lima Mosaicos (41) 3253-1515. Depósito da Ordem (41) 3233-8999. Luciana Correa Mosaicos (12) 3896-1962. Selma Mosaicos (41) 3274-6480.
