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Condomínio da Paysage em construção no Pilarzinho, um dos novos destinos do segmento em Curitiba | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Condomínio da Paysage em construção no Pilarzinho, um dos novos destinos do segmento em Curitiba| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

Números

306 m²

é a área média total das casas nos bairros onde se concentram os condomínios horizontais em Curitiba. A metragem é 29% maior que a média total da cidade.

R$ 446

é o preço médio, por metro quadrado, dos terrenos nos bairros da região Oeste de Curitiba. A média da cidade para a mesma metragem é R$ 488.

R$ 2.679

é o valor médio por metro quadrado das casas dos bairros na área Oeste da capital – cerca de 1% a mais que a média da cidade.

A "região dos condomínios horizontais" – que abrange os bairros de Santa Felicidade, Butiatuvinha, Cascatinha, Lamenha Pequena, Orleans, Santo Inácio, São Braz e São João – não é mais exclusividade para quem busca ter mais área privativa. A oferta de condomínios de terrenos e casas para venda em Curitiba teve uma redução de janeiro a outubro de 2011. Neste período representou 43,3%. Em 2009, era de aproximadamente 50%.

A queda se deve principalmente por causa da redução da disponibilidade de áreas para construção nesta região, que vem se acentuando nos últimos dois anos. É o início da escassez de grandes espaços na região Oeste destinados aos condomínios horizontais. De acordo com incorporadoras ouvidas pela reportagem, os bairros Pilarzinho, Barreirinha, Xaxim, Vista Alegre, Campo Comprido, Bairro Alto, Santa Cândida e São Lourenço podem vir a ter maior oferta de terrenos e casas em condomínios fechados. Esta vocação começa a se traduzir em números: Xaxim tem 118 terrenos disponíveis, seguido do Santa Cândida, com 104, e Bairro Alto, com 80 unidades. Atualmente, o bairro com maior número de casas à venda em condomínios fechados é a Barreirinha, seguida do Campo Comprido e Vista Alegre – 131, 17 e 11, respectivamente.

"Essas regiões estão próximas a parques, têm grandes áreas verdes e também acesso facilitado. Mesmo sendo mais retiradas do centro da cidade, estão próximas aos contornos Norte e Sul", afirma a gerente da H2a Empreendimentos, Gilda Hinz. A empresa tem lotes à venda no Santa Cândida onde apenas 15% dos terrenos ainda estão disponíveis para construção.

Outra tendência apontada pelas incorporadoras é de que alguns municípios da região metropolitana sejam os próximos a receber os condomínios de terrenos e casas. "Entre 5 a 10 anos, Campo Largo, Piraquara e Quatro Barras, por possuirem grandes espaços e áreas verdes, tendem a se preparar para ter os condomínios horizontais", afirma o diretor da Paysage Condomínios, Juliano Maran.

Estabilidade

Embora os terrenos disponíveis se concentrem em uma região específica da cidade, a oferta e a procura por condomínios horizontais não deve aumentar ou diminuir bruscamente nos próximos anos, segundo especialistas. "Diferentemente dos apartamentos, o mercado que envolve compra e venda de casas e terrenos não deve sofrer grandes alterações. É um mercado mais estável e menos suscetível à especulação", afirma Alceu Bueno Junior, gerente de marketing da construtora Baggio.

De acordo com ele, o comprador desse tipo de empreendimento busca privacidade e um imóvel que seja capaz de refletir suas escolhas pessoais. "O perfil de quem procura uma casa ou terreno é o de quem está buscando um conceito, que é o de morar melhor. A relação com este conceito não costuma ser volúvel", diz.

Preço e vantagens

Dentre as principais vantagens de quem investe em um terreno e na compra ou construção de uma casa está a questão monetária. "Uma casa sai quase pela metade do preço de um apartamento", afirma Maran. De acordo com ele, o custo total de um projeto para a construção de uma casa de alto padrão, com cerca de 200 metros quadrados, fica em torno de R$ 500 mil e um apartamento, do mesmo nível e com a mesma metragem, não sairia por menos de R$ 1 milhão.

De acordo com a pesquisa, o preço médio para casas na região dos condomínios fica em torno de em R$ 2.679 o metro quadrado, cerca de 1% a mais que na média do restante da cidade. Já os terrenos custam até 8% menos que a média de Curitiba, em torno de R$ 446.

E este tipo de imóvel dificilmente passa por desvalorização. De acordo com a arquiteta responsável pela construtora GreenWood, Syonara Beira da Silva, no último ano o preço de casas e terrenos aumentou, em média, 15%. Gilda Hinz, gerente da H2a, garante que a valorização se traduz na velocidade das vendas. "Tanto os imóveis usados quanto os novos ficam menos de um mês à venda", diz.

Além do preço, os profissionais do ramo imobiliário citam outras vantagens do investimento em casas. Quem procura residências em condomínios convive mais perto com áreas verdes e tem maior espaço privativo. "Área de lazer para crianças, com a possibilidade de segurança, que é um dos principais investimentos dos condomínios fechados, além de poder construir a casa da maneira como quiser são alguns itens que influenciam na escolha", afirma Gilda.

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