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Áreas comuns estão se aproximando do conforto oferecido em hotéis | Divulgação
Áreas comuns estão se aproximando do conforto oferecido em hotéis| Foto: Divulgação
  • Terraço do empreendimento iGLOO, em Curitiba
  • Javier Godino na sala do apartamento em que vai morar : família aumentou

O upgrade –jargão do setor aplicado à transição de um imóvel por outro mais bem localizado, caro ou maior – é o motor que puxa um quarto das vendas de imóveis em Curitiba. Essa mudança é justificada, de modo geral, pelo aumento da família e pelo desejo de viver em uma casa ou apartamento dotados de maior estrutura de lazer e de segurança.

Focada em empreendimentos com mais de 100 metros quadrados de área privativa, a construtora Plaenge está acostumada a lidar com consumidores deste perfil. "Para esse público, o fator preço é importante, mas há um espaço maior para negociação", diz Luiz Gustavo Salvático, gerente regional da Plaenge.

É o caso do arquiteto Javier Godino, que vai se mudar do Água Verde para o Campo Comprido em busca de mais espaço. Seu apartamento antigo de 95 metros quadrados não atendia mais às necessidades da família, que aumentou com a chegada do segundo filho. Além disso, Godino apontou a proximidade ao trabalho como determinante para a compra do empreendimento da Thá.

Há também exemplos como o da psicóloga Patricia Hammerschmidt, que vai fazer um upgrade no mesmo bairro onde mora. Ela adquiriu um apartamento no edifício Mandala, empreendimento lançado no Água Verde em parceria entre a AG7 Realty e a Thá, atraída pelas comodidades da área comum, como piscina aquecida, e pela maior área interna do apartamento. Planejamento

Trocar de imóvel é um grande projeto. E um bom planejamento pode fazer a diferença para que a mudança ocorra sem atrapalhar as finanças pessoais. Fábio Gallo, especialista em finanças e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP) e da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), considera essencial a elaboração de um orçamento em que sejam incluídos gastos adicionais muitas vezes ignorados, como os custos de cartório.

A tributação sobre o imóvel vendido também deve ser levada em conta. Hoje, as vendas do imóvel único de até R$ 440 mil estão isentas de pagar imposto de ganho de capital, mesmo que os recursos não sejam investidos em outra propriedade. A isenção de imposto de renda também é válida se este vendedor, que não pode ter efetuado a mesma operação nos últimos cinco anos, comprar outro imóvel.

Nos casos de venda com lucro, o imposto sobre ganho de capital devido pode ser calculado por meio do programa GCap, disponível para download no site da Receita Federal, e seu valor gira em torno de 15%. Grosso modo, significa que, se você pagou R$ 300 mil num imóvel e o vendeu por R$ 600 mil, o leão morderá R$ 45 mil do seu lucro.

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