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Decoração

Feito à mão

Artigos artesanais podem dar um tom mais pessoal e aconchegante à decoração de uma casa. O importante é não usar muitos materiais diferentes em um mesmo ambiente

Peças de coleção da avó dão forma ao lustre no espaço Suíte da Avó da Casa Cor Paraná 2010, assinado por Gisela Carnasciali Miró | Mariana Canet/Divulgação
Peças de coleção da avó dão forma ao lustre no espaço Suíte da Avó da Casa Cor Paraná 2010, assinado por Gisela Carnasciali Miró (Foto: Mariana Canet/Divulgação)
Enfeite/abajur feito com folhas de flandres (zinco), de Minas Gerais. R$ 350 na Empório Brasil |

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Enfeite/abajur feito com folhas de flandres (zinco), de Minas Gerais. R$ 350 na Empório Brasil

Mosaico divertido: o projeto é de Renata Sguario |

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Mosaico divertido: o projeto é de Renata Sguario

Cadeira, feita à mão com madeira e ferro, custa R$ 1,7 mil na Empório Brasil |

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Cadeira, feita à mão com madeira e ferro, custa R$ 1,7 mil na Empório Brasil

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O artesanato deve estar presente nos detalhes, que ajudam a compor o layout do ambiente. É assim que a arquiteta e designer de produtos artesanais Liliane Robacher de­­fende o uso de artigos artesanais para valorizar os es­­paços de uma ca­­sa. Para ela, é pos­­sível per­­so­­nalizar com pequenas peças. "Um re­­visteiro, uma lu­­minária, um porta-canetas ou um peso para papéis têm o poder de enriquecer um am­­biente", diz. Liliane come­­n­­ta que há certa re­­sistência das pessoas quando o assunto é artesanato. "Alguns não acreditam que os pro­­­­dutos tenham um bom acabamento, sofisticação e design." Composições com materiais reciclados, diz Liliane, ajudaram a evitar essa imagem, já que o artesanato passou a ser visto como uma forma de reaproveitar os materiais e evitar desperdícios. "Insumos naturais, trabalhados com materiais complementares, deram outro brilho aos artigos feitos à mão e atraíram mais pessoas. São produtos que seguem a linha da sustentabilidade", explica.

A arquiteta Renata Rosa Sgua­­rio também considera que o artesanato deve estar presente nos detalhes de uma decoração, como uma almofada feita à mão, uma colcha de patchwork, plaquinhas de madeira com dizeres, um mosaico na borda de uma mesa ou um tapete na sala. "Inserido na medida e nos tons corretos, ele valoriza o projeto. Para deixar o ambiente mais ousado, basta abusar nas cores do artesanato", diz.

Com esse objetivo, de valorizar o projeto nos detalhes, Renata usou almofadas com bordado richelieu, feitas em Fortaleza (CE), para decorar um dos seus espaços na Casa Cor Paraná 2010, o Quarto de Bebê. Também projetou o banheiro de uma demi suíte para as duas filhas de uma de suas clientes. A parede é feita em mosaico de pastilhas verde e lilás, formando o desenho de grandes bolas que parecem sair de trás do espelho – sensação que ganha intensidade devido ao quadro cego. "O artesanato dá um toque divertido ao ambiente", diz.

Na Casa Cor Paraná 2010, a ar­­quiteta Gisela Carnasciali Miró assinou o espaço Suíte da Avó, em ho­­menagem a sua avó, a jornalista Juril Car­nasciali. A decoração clássica deixa em evidência o que ela chama de "peça-chave" do espaço: um lustre personalizado. Gisela coletou jo­­gos de chá, vidrinhos de perfume, bichos de pedra de coleção da avó e entregou à cenógrafa Teca Fichinski, do Rio de Janeiro. O resultado foi um artigo feito à mão, com base em arame, lâmpadas dicróicas, complementado com pedras douradas e de cristal. "Ficou bem pessoal, com todas as lembranças dela juntas de forma harmônica e diferente."

Nos móveis

Ao contrário do que se pode pensar, o artesanato está presente em grandes peças decorativas e até mesmo no mobiliário de um ambiente. Para reorganizar a sala de estar da empresária Liliane Stival, as arquitetas Talitha Francesquini Budel e Maria Amélia Dallagassa Cechin usaram móveis feitos à mão, com madeira, fibra natural apuí e com detalhes em junco e vime.

No ambiente, formado por um espaço para receber, com sofás e uma mesa de centro, e outro para pe­­quenas reuniões, com uma pe­­quena mesa e cadeiras, predomina a cor marrom, com detalhes pretos e cremes, de acordo com as preferências da cliente. "As cadeiras são grandes e têm um ar imponente. Isso é reforçado pela presença da madeira nos itens, conferindo mais sofisticação. Os pequenos detalhes com fibras naturais fazem a diferença", explica Talitha. Para Liliane, o projeto revigorou o espaço para receber visitas. "Agora parece mais aconchegante, para fazer reuniões ou pequenos jantares", diz.

Serviço:

Empório Brasil – Rua Dom Pedro II, 44, Batel. Fone (41) 3019-5448.

Artesanal Mais Móveis e Decorações – Avenida Manoel Ribas, 3.716, Santa Felicidade. Fone (41) 3335-8080.

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