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Se ao ouvir o nome Mercês o leitor pensa apenas na faixa ao redor da Avenida Manoel Ribas entre o Centro e o portal de Santa Felicidade, está na hora de dar uma olhada mais atenta ao mapa de Curitiba. O bairro vai muito além disso, chegando até o Bigorrilho – incluindo parte do parque Barigüi – e, do outro lado, até a Vista Alegre.

A confusão ocorre porque a Manoel Ribas, uma das vias mais importantes do bairro, divide as Mercês em duas partes bem diferentes em função das diferenças de zoneamento. Na parte "alta", onde estão as emissoras de tevê e de rádio, a característica é francamente horizontal e residencial.

Ali, registra-se uma forte restrição de ofertas. "O giro é muito rápido, tanto para venda quanto para a locação", afirma o diretor-executivo da Cibraco Imóveis, Adalberto Scherer. Rápido mesmo. "Nas proximidades do hospital (Nossa Senhora das Graças), por exemplo, os imóveis não chegam nem a ser anunciados. Há fila de interessados", diz.

Já na parte "baixa", onde as fronteiras com o Bigorrilho se confundem, o bairro apresenta um perfil misto – comércio e serviços se expandem nas ruas de acesso enquanto as residências ocupam as transversais. Segundo o diretor comercial da Galvão, Gerson Silva, esta porção do bairro é um mercado à parte. "Ao redor do campus da Universidade Tuiuti e ao longo da (avenida) Cândido Hartmann há um pólo comercial consolidado", explica.

O executivo afirma também que é na região das Mercês em que muitos acreditam ser "Champagnat" onde ocorreu a primeira onda de verticalização. E pode estar vindo outra a caminho. "Por causa do zoneamento, a característica principal do bairro ainda é horizontal. Mas não se sabe até quando", diz o diretor da Cibraco. "Curitiba está crescendo, e em breve o bairro pode refletir os efeitos deste crescimento", analisa.

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