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Mercado

Imóveis sobem acima da inflação

No acumulado do ano, valorização média do metro quadrado foi de 6,8%, contra os 4,02% registrados pelo IPCA

Apartamentos de um e quatro quartos foram os que tiveram os maiores reajustes acumulados neste ano | Antônio More/ Gazeta do Povo
Apartamentos de um e quatro quartos foram os que tiveram os maiores reajustes acumulados neste ano (Foto: Antônio More/ Gazeta do Povo)

Os imóveis residenciais novos registraram a terceira maior valorização do ano no mês de agosto, 1,2%. No comparativo com julho, o preço do metro quadrado privativo passou de R$ 5.991 para R$ 6.067 de acordo com o levantamento realizado pela Associação dos Dirigentes das Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi-PR) e pela Brain Bureau de Inteligência Corporativa.

INFOGRÁFICO: Confira o valor do metro quadrado em Curitiba

Todas as tipologias apresentaram valorização no período, mas as maiores alterações foram registradas nos imóveis de um e quatro dormitórios. Ao contrário do mês anterior, no qual não foram corrigidos, os apartamentos de três e dois dormitórios subiram 1,2% e 0,9% em agosto, número bem próximo ao da média mensal.

"Os imóveis de um quarto têm tido boa liquidez pelo ticket baixo. Já nos de quatro dormitórios é uma questão pontual de oferta e demanda. Eles não tiveram uma produção grande e as pessoas estão procurando esse produto", explica Alfredo Gulin Neto, diretor de novos negócios da AG7 Realty. Os studios, lofts e apartamentos de um dormitório foram os que tiveram o menor reajuste mensal (0,5%), com metro quadrado privativo médio a R$ 6.796.

No acumulado do ano, o preço médio do metro quadrado para os apartamentos residenciais está 2,78 pontos percentuais acima da inflação do período, que é de 4,02% de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Na análise dos últimos doze meses, a valorização do metro quadrado privativo médio na capital foi de 9,6%. "Isso já demonstra que estamos entrando novamente em uma curva de valorização do mercado. A estabilidade de preço está passando e alguns produtos já começam a ter uma valorização mais acentuada", avalia o presidente da Ademi-PR, Gustavo Selig.

Estoque

No comparativo com o mês de julho, o estoque das construtoras apresentou queda de 2,86% em agosto, passando das 12 mil para 11,6 mil unidades. Já no acumulado do ano o cenário é diferente. Em dezembro do ano passado, havia 10,4 mil unidades novas (incluindo prontas e lançadas) em estoque em Curitiba. Em agosto, esse número era 11,47% maior – englobando tudo o que foi lançado desde dezembro de 2008. "Curitiba está com um estoque alto, comparado a outras capitais. Ele é resultado do excesso de lançamentos nos anos de 2011 e 2012 e dos distratos. Temos um mercado que é o somatório do estoque remanescente, acrescido dos distratos e dos novos lançamentos deste ano", avalia Marlus Doria, diretor da Cyrela.

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