
As mesas de centro, composição ideal para a decoração de uma sala de estar ou de tevê, estão mais charmosas e os designers de móveis apostam em formatos e materiais diferentes para conquistar os consumidores. "É uma peça que nunca esteve completamente fora dos ambientes, mas antes era apenas decorativa ou para cobrir um espaço. A diferença é que nos projetos atuais a utilizamos agregando uma função", diz a arquiteta Ana Terra Graf.
Para ela, o objeto deve ser uma peça decorativa, mesmo quando utilizada sozinha, por isso a importância de mesas com design agregado.
Atendendo a essa expectativa as fabricantes colocaram em suas linhas mesas de centro para todos os estilos de consumidores. "As mais procuradas atualmente têm uma função utilitária, o que dá mais liberdade na hora de compor um ambiente com ousadia", diz Eviete Dacol, proprietária da loja Inove.
O arquiteto Eduardo Mourão explica que o móvel é responsável por unir as poltronas e os sofás criando uma área própria para a reunião das pessoas. "O estilo varia de acordo com o gosto e a decoração do ambiente. Há modelos do despojado ao clássico, mas tudo depende da criatividade do usuário."
Se o sofá, estante, aparador e outros móveis da sala são sóbrios, pode-se escolher mesas arrojadas, com formatos e cores contemporâneos. "Recomendo as de polipropileno ou madeira para quem tem criança. Se a ideia for algo mais sofisticado o vidro com metal cromado fica muito bonito", completa Eviete.
Outra aposta das fabricantes é a cor. Há modelos em preto, branco e até cores vibrantes como vermelho e amarelo. O brilho está presente em vários modelos de mesas. "A laca ou pastilhas de madre pérola, por exemplo, dão sofisticação às peças", destaca Mourão.
Eviete comenta que o objeto não precisa necessariamente ter a mesma cor dos outros móveis. "Dá para brincar com essas peças de forma despojada já que esse não é o principal móvel da sala". Se o objetivo for o conforto há opções que acompanham pufes que ficam guardados embaixo da mesa e podem ser usados para relaxar as pernas ou aumentar o número de assentos na sala.
Outra opção bastante presente nos projetos são as mesas com tampo em espelho. "Quem tem um pendente ou luminária bonita, ganha um efeito belíssimo com o reflexo no espelho da mesa", diz Ana.
Alguns designers de móveis apostam em mesas com apoio para bandeja ou copo acoplado ou aproveitam o espaço embaixo para uma estante de livros ou gavetas para guardar DVDs, adicionando outras funções ao objeto.
Ana Terra optou por uma mesa de marcenaria para um de seus projetos. Com tampo em vidro, a peça ganhou um espaço para abrigar a lenha da lareira que fica na mesma sala. "Ficou exclusiva e funcional, resolvendo o problema estético de estocar a lenha", comenta a arquiteta.
Espaço
Quem pensa que mesa de centro é um objeto para quem tem uma casa ampla está enganado. Ana Terra Graf explica que a proporção e o aproveitamento de espaço é o grande segredo na hora de montar uma sala.
Assim quem tem espaço menor pode, por exemplo, trabalhar a decoração com um sofá mais modesto e uma mesa de centro menos notável. Ou então, utilizar uma mesa maior, sabendo que o espaço para objetos de sentar ficará reduzido.
O tamanho e o comprimento da mesa fica mesmo ao gosto do freguês. Mas vale uma breve dica matemática: é preciso deixar de 40 a 60 centímetros entre o pé da mesa e o início do sofá.
Na altura, como destaca Eviete Dacol, as novas coleções trazem mesas mais baixas ou da altura do sofá, quase rentes ao chão, mas isso não quer dizer que sejam obrigatórias em todos os projetos de decoração. "Tudo depende da composição final, o importante é que a altura da mesa não atrapalhe uma conversa ou a visão de quem assiste a tevê", diz Ana.
Quando o assunto é espaço, há outra dúvida que precisa ser esclarecida: o tamanho do tapete que ficará embaixo. Os arquitetos indicam que a mesa de centro tem de ser menor que o tapete, nunca pode ser do mesmo tamanho para que haja equilíbrio visual.









