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Patrimônio

Os Símbolos da diversidade

Até metade do século 19, as casas curitibanas repetiam monotonamente o mesmo formato: taipa e pedra eram as principais matérias-primas de um casario de paredes caiadas (branqueadas com cal) no velho estilo colonial português – à semelhança da ainda preservada Casa Romário Martins, no Largo da Ordem. Eram construções que seguiam à risca as permissões da legislação de então, muito diferentes dos edifícios da Curitiba do início do século 20.

Dos fatores que motivaram a grande mudança arquitetônica da cidade acontecida principalmente a partir das últimas décadas do século 19, destaca-se a elevação de Curitiba à condição de capital da Província do Paraná, em 1854. Ela conferiu novo status à cidade, que passou a atrair gente de fora, inclusive do país. Imigrantes trouxeram novas técnicas para construir, totalmente diferentes daquela encontrada na nova capital. Outro marco importante para a profusão dos diversos estilos arquitetônicos na cidade foi a inauguração da estrada de ferro Curitiba-Paranaguá. "Muitos dos engenheiros e arquitetos de outros centros que trabalhavam na construção ferroviária acabaram ficando", explica o historiador Marcelo Sutil, responsável pela elaboração do roteiro "Curitiba Eclética", um dos cinco itinerários do projeto Caminhos da Arquitetura, do Instituto G de Arquitetura.

Segundo o historiador, os mestres-de-obras locais, além de entrar em contato com imigrantes, também buscaram novas referências em outras cidades. "Tudo isso resultou em um ecletismo que sobrevive ao tempo", ressalta Sutil. Do roteiro elaborado por ele fazem parte o Paço Municipal, o casario da Rua XV e da Rua Comendador Araújo e a Câmara Municipal, entre outros.

* Confira no próximo dia 28 toda a virtuosidade da arquitetura modernista de Curitiba.

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