
A segurança dos condomínios, e consequentemente de suas portarias, é um dos itens que mais gera preocupação e gastos aos empreendimentos residenciais. Neste cenário, um aliado que tem ganhado espaço no mercado são os sistemas de portaria remota, que substituem a figura do porteiro e prometem aprimorar o controle de acesso de pessoas e veículos, barateando a taxa paga pelos condôminos.
A principal novidade do sistema está no fato de ele tirar o porteiro da guarita e deslocá-lo para uma central de operações instalada fora do empreendimento, ou seja, nas dependências da empresa responsável pela prestação do serviço.
Nesta central, um controlador treinado monitora as câmeras instaladas nos portões do condomínio e acompanha e/ou autoriza a entrada e saída de moradores e visitantes. A forma como este controle é realizado varia de acordo com o formato do serviço de cada empresa.
No sistema de portaria remota da Orsegups Participações, por exemplo, ao chegar ao empreendimento o visitante fala pelo interfone com o controlador, que está na central e recebe o áudio e o vídeo da conversa em tempo real. O controlador, então, interfona para o apartamento e solicita a autorização do morador para que seja liberada a entrada.
“Caso o morador não atenda o interfone, o controlador liga para o telefone fixo e depois para o celular. É uma sequência de contatos”, explica Douglas Roberto Pinheiro, gerente comercial da Orsegups.
A entrada e saída dos moradores é realizada por meio de pequenos chaveiros eletrônicos (Tags) pelo portão de pedestres, ou de controles remotos pelo da garagem. Isto dispensa a necessidade de contato com a central, que, mesmo assim, monitora e registra todos os acessos.
Biometria
Outro tipo de controle é o realizado por reconhecimento biométrico. O sistema, oferecido pela White Proteção e Segurança, também conta com uma central remota que monitora os acessos 24 horas por dia. A diferença é que a entrada dos moradores e funcionários é liberada por uma autenticação biométrica em equipamentos instalados nas entradas do condomínio. “No leitor biométrico, o morador ainda pode acionar o ‘pânico’ com um dedo previamente cadastrado para este fim. Ele emite um alarme silencioso para a central, que aciona a polícia, sem que o morador demonstre que está dando o alerta”, acrescenta Guilherme Camargo, diretor da filial curitibana da White.
A entrada de prestadores de serviços só é permitida após a realização do cadastro biométrico pela central. O acesso de visitantes, por sua vez, é liberado diretamente do apartamento, onde o morador conta com um monitor que permite fazer a identificação visual e autenticar a entrada.
A inserção de um processo que é seguido à risca pela central e torna impessoal o controle de acesso ao condomínio é tido pelas empresas como um dos fatores que levam à melhoria da segurança do empreendimento. Outro ponto destacado é a ausência de casos de desvio de função, como ocorre com os porteiros, e a inibição da ação de criminosos, que não teriam quem render na portaria em uma situação de invasão do condomínio, por exemplo.



