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Praias

Sossego e estabilidade à beira-mar

Aguardando investimentos em infraestrutura, litoral do Paraná mantém preços atraentes e espaço para construções

Orla de Matinhos não tem “paredão” de prédios: zoneamento  limita construções altas à beira-mar | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Orla de Matinhos não tem “paredão” de prédios: zoneamento limita construções altas à beira-mar (Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo)

O segundo menor litoral do país pertence ao Paraná. Além da pequena extensão, outra característica é o regramento que orienta a ocupação urbana nos sete municípios litorâneos, que não permite a construção de prédios altos à beira-mar. Combinados, esses dois elementos fazem com que o mercado imobiliário da região se mantenha estável.

De maneira geral, o preço do metro quadrado para imóveis novos varia entre R$ 3 mil e R$ 4 mil.

"O litoral não teve a febre de alta de preços e de lançamentos como aconteceu na capital. Os valores do metro quadrado foram atualizados sem surpresas nem sobressaltos", explica Sérgio Hach, do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis no Paraná (Creci-PR).

De acordo com Hach, que também é corretor de imóveis na região, o preço do metro quadrado do imóvel novo, com acabamento de alto padrão, fica em torno de R$ 3.300, em uma boa localização. "Empreendimentos de frente para o mar podem passar um pouco desse valor", observa.

Público

Quem mais compra imóvel no litoral é o próprio paranaense – é raro que turistas de outros estados invistam nas cidades litorâneas. "Muita gente do interior compra aqui. São famílias de Maringá, Londrina e Ponta Grossa. Mas a maioria são curitibanos", diz Sérgio Hach.

A competição com o litoral de Santa Catarina não preocupa. "Temos um litoral mais contemplativo. Nos destacamos porque nossas praias não têm grandes paredões de prédios à beira-mar, como em alguns balneários concorridos de Santa Catarina", defende Luiz Carlos Borges da Silva, vice-presidente de planejamento do Sindicato das Imobiliárias no estado (Secovi-PR).

Tradicionais

De acordo com Borges da Silva, as empresas do setor que atuam nos municípios litorâneos são tradicionais na região. Grandes construtoras não se interessaram pelo mercado - considerando que o zoneamento dessas cidades tem regras parecidas, não permitindo prédios altos nem construções com altura livre nas proximidades da orla, os megaempreendimentos estão fora do mapa.

Quem constrói no litoral faz edifícios pequenos para um público específico."Isso não é ruim. Essa é a nossa característica e, dessa forma, atraímos o turista que busca tranquilidade e qualidade de vida", diz Borges.

De forma geral, o zoneamento dos municípios limita a cinco pavimentos as construções na orla e nas primeiras quadras. Nas áreas mais distantes do mar, é permitido construir prédios mais altos, mas não mais de 10 andares.

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