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Um Brasil virtual na Expo 2010 em Xangai

Pavilhão do país na maior feira de nações traz exaltação das belezas naturais e demonstração das melhores práticas urbanas utilizando diversos recursos visuais

O pavilhão brasileiro tem dois mil metros quadrados e a fachada é composta por lascas de madeira em formato irregular | Fotos: Apex/Divulgação
O pavilhão brasileiro tem dois mil metros quadrados e a fachada é composta por lascas de madeira em formato irregular (Foto: Fotos: Apex/Divulgação)
Sala Cotidiano Brasileiro exibe imagens de cidades de norte a sul |

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Sala Cotidiano Brasileiro exibe imagens de cidades de norte a sul

Setenta milhões de pessoas são aguardadas nos pavilhões que com­­põem a Expo 2010, feira de nações que este ano ocorre em Xan­­gai, na China, até o dia 31 de outubro. Com o tema "Cidade me­­lhor. Vida melhor", o evento tem no centro dos debates o desenvolvimento sustentável, as soluções urbanas e a qualidade de vida. Cada um dos 189 países participantes tem um pavilhão para apresentar a nação e, principalmente, as práticas para o desenvolvimento sustentável. O escritório Fernando Brandão Arquitetura + Design é o responsável pelo projeto brasileiro, um pavilhão com dois mil metros quadrados. "É um dos menores, o da China por exemplo tem 80 mil metros quadrados. Mas foi possível traduzir a brasilidade desde a fachada que tem centenas de lascas de madeira, resíduos da própria feira, coladas de forma irregular e pintadas de verde, lembrando a cor da bandeira nacional e as florestas", explica o arquiteto Fernando Brandão. A inspiração para o formato veio de um dos principais trabalhos dos designers Fernando e Humberto Campana: a Cadeira Favela.

Durante a montagem o arquiteto utilizou mão de obra chinesa e constatou a diferença da cultura. "Os chineses são extremamente corretos e uma das maiores dificuldades foi conseguir que os mon­­tadores entendessem o porquê de as lascas de madeira serem coladas de forma assimétrica. Para um brasileiro esse conceito é natural, mas para eles o natural seria o desenho reto", comenta.

Tecnologia digital

O pavilhão foi idealizado para mostrar o Brasil de forma visual. Filmes da produtora O2, do cineasta Fernando Meirelles, mostram, em uma tela curva de 16 metros de largura por 9 metros de altura, colocada no corredor de entrada, o cotidiano urbano do país. "No ambiente chamado sala da alegria brasileira, o visitante pode observar o carnaval de várias cidades, as festas regionais e as torcidas nos estádios de futebol", comenta o arquiteto.

No centro, um cubo de imagens suspenso a dois metros, feito com quatro telas contínuas de 12 metros x 5 metros cada, conta em um filme um dia na vida de quatro brasileiros, que trabalham em áreas diferentes: artes, siderúrgica, agrícola e petrolífera.

Em outra sala, um jogo da di­­versidade leva o visitante a combinar, em telas sensíveis ao toque (touch screen), partes de cidadãos comuns, porém com características diferentes, enfatizando a di­­versidade étnica brasileira. "A ideia é mostrar que somos um país tolerante às diferenças, uma de nossas principais qualidades", ressalta Brandão.

O pavilhão tem ainda painéis sobre as 12 cidades que irão abrigar os jogos da Copa do Mundo de 2014, incluindo Curitiba, mostrando as soluções urbanas de ca­­da uma. Do lado de fora, um grande telão de LED exibe uma partida de futebol, que pode ser jogada pelos visitantes com o celular. Nes­­se telão serão exibidos os jogos do Brasil na Copa da África do Sul, em junho. A participação brasileira foi organizada pela Agência Bra­sileira de Promoção de Expor­tações e Investimentos (Apex), coordenada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) e custou cerca de R$ 50 milhões, entre recursos públicos e privados. A principal intenção do governo é consolidar o posicionamento do Brasil na China, organizando seminários de negócios que divulguem as oportunidades de investimento no país.

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