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Fonte de luz

Variedade de lâmpadas permite fazer escolha

Se a intenção é fazer atividades que exigem concentração ou relaxar, há diferentes tipos de luz para iluminar e decorar os ambientes

Escolher cor e temperatura proporcionadas pelas lâmpadas, dependendo do uso do ambiente, não é tarefa fácil. A lighting designer Patrícia Passos explica como optar pela luminosidade mais adequada para cada ocasião | Daniel Caron/ Gazeta do Povo
Escolher cor e temperatura proporcionadas pelas lâmpadas, dependendo do uso do ambiente, não é tarefa fácil. A lighting designer Patrícia Passos explica como optar pela luminosidade mais adequada para cada ocasião (Foto: Daniel Caron/ Gazeta do Povo)
As luzes passam a fazer parte da decoração na sala de estar |

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As luzes passam a fazer parte da decoração na sala de estar

Entre as mais de duas mil in­­venções de Thomas Edison estava o mágico dispositivo que transforma a energia elétrica em energia luminosa e térmica. As lâmpadas incandescentes já iluminam ruas e casas mundo afora há mais de 130 anos, mas sua hegemonia está com os dias contados: até 2016, esse tipo de lâmpada deve sair do mercado, porque já possui substituto mais duradouro e econômico. E as novas opções de lâmpadas também são mais adequadas para os di­­versos tipos de finalidade do espaço que será ocupado.

Quem explica isso é a lighting designer – profissional que elabora projetos de iluminação – Pa­­trícia Passos. As lâmpadas ainda são consumidas porque há baixo custo para a produção. "A substituição desses produtos é fácil e o preço é menor. Mas foram as primeiras lâmpadas criadas, há espaço para ampliar a tecnologia nesses produtos", comenta.

Os novos tipos de lâmpadas, mais sofisticadas, estão preparadas para atender diversos tipos de ambientes e usos que serão feitos. Isso porque a temperatura de cor e a intensidade da luz, nas novas lâmpadas, são variados.

Para pensar um projeto de iluminação, é preciso observar, em primeiro lugar, se a luz será incômoda ou não. "Uma luminosidade inadequada, muito forte ou muito fraca para a finalidade do ambiente, vai torná-lo desagradável e pode até se transformar em um problema de saúde, por causa do esforço com os olhos", comenta Everton Luis Fiuka, lighting designer da Empalux.

De acordo com a lighting designer, a definição sobre a luz de cada ambiente deve estar de acordo com a ação que majoritariamente será exercida naquele cômodo. "A iluminação precisa gerar conforto visual e não ser desagradável: muito ou pouco intensa, que exija muito da visão", explica.

Patrícia conta que, ao escolher o tipo e posicionamento da lâmpada ou do conjunto de luzes, é preciso ter em mente o que será feito naquele ambiente e a luz necessária para isso. "Numa sala onde ficará a televisão ou será feito uso do computador, o ponto de luz tem de estar posicionado de uma forma que não gere ofuscamento ou reflexo para quem estará fazendo sua atividade", co­­menta a lighting designer.

Por isso, a regra para escolher as lâmpadas é o máximo conforto visual possível e não é preciso usar sempre o mesmo tipo de lâmpada para todos os ambientes. "A luz que ilumina o quarto ou a sala de televisão não será a mesma para iluminar a cozinha ou escritório", pontua. Existem muitos tipos de lâmpadas e cada família do produto tem características específicas: decorativas ou funcionais, a dica é conhecer o produto e adapta-lo àquilo que é necessário.

De acordo com a profissional, há tipos de lâmpadas mais comuns. As incandescentes, enquanto estiverem sendo vendidas, podem servir para iluminar locais menores, porque o alcance dos feixes de luz é menos específico. As lâmpadas esquentam mais que outras e fornecem uma luz amarelada. As lâmpadas fluorescentes ou de luz fria, jogam a luz para todos os lados, sendo capaz de iluminar mais o ambiente, mas com reprodução de cor mediana.

As lâmpadas de led, mais recentes no mercado, que prometem ser mais duráveis e baratas. "A tecnologia led que está disponível aqui no Brasil ainda é de pouca qualidade: iluminam, no máximo, de 30 a 40 centímetros e tem pouca resolução de cor", comenta Patrícia.

Como optar pelos diferentes tipos de lâmpadas?

A cor e temperatura das lâm­pa­das dependem da quantidade de kelvins que a luminosidade oferece. Entre 2700 a 4000 K, as lâmpadas são consideradas de luz morna, que é o tipo de luz que deixa as pessoas ativas e es­­pertas, de acordo com o lighting designer Everton Luis Fiuka. "A luz morna é indicada para am­­bientes onde é preciso ter reação rápida, como cozinhas e banheiros", diz.

Dos 4000 aos 5500 K, a luz é considerada neutra e as lâmpadas dessa família são indicadas para lugares de leitura ou am­­bien­­tes de estudo. Entre 5500 até 6500 K, as lâmpadas são consideradas mais potentes, dando falsa sensação de iluminar mais. Esses produtos são mais indicados pa­­ra escritórios, lojas e departa­­men­­­tos comerciais.

As luzes mais amareladas são indicadas para ambientes mais relaxantes, como a sala de estar, quartos e sala de televisão. De acordo com o lighting designer, o interessante é não misturar co­­res diferentes de luz. "Isso fica can­­­­sativo e desagradável, não valoriza o ambiente", diz.

Fiuka indica que é interessante projetar, para o mesmo am­­biente, a iluminação funcional e decorativa. "Você nem sempre vai precisar de todo o conjunto, mas tem a possibilidade de mesclar o uso dos dois sistemas, de­­pendendo do uso. Em uma sala, para receber amigos ou ver um filme, é possível usar a iluminação decorativa. Quando as crianças estiverem brincando ali, é possível usar a funcional", diz. O investimento é mais alto, mas com­­pensa pela variedade dos usos.

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