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Paisagem urbana

Verticalização chega à zona sul da capital

Pinheirinho, Portão, Novo Mundo e Vila Izabel são alguns dos bairros de Curitiba que mais concentram os novos empreendimentos

No Pinheirinho, torres de edifícios brotam no lugar de casas e terrenos vazios | Felipe Rosa/ Gazeta do Povo
No Pinheirinho, torres de edifícios brotam no lugar de casas e terrenos vazios (Foto: Felipe Rosa/ Gazeta do Povo)

Dar um passeio por qualquer região de Curitiba é certeza de encontrar canteiros de obras a todo vapor, com torres brotando do chão. A verticalização da cidade é evidente e, de acordo com os dados do Sindicato das Indústrias da Construção Civil no Paraná (Sinduscon-PR), está mudando, principalemente, a paisagem urbana dos bairros do Sul da cidade.

Pinheirinho, Novo Mun­­do, Vila Izabel e Vila Guaíra, entre outros, lideram a listagem dos bairros onde estão os lançamentos de empreendimentos verticais da cidade. São mais de 5 mil prédios, que mudam o cenário de uma região que, tradicionalmente, era horizontal. Entre os fatores que propiciam o movimento estão a disponibilidade de terreno, a concentração de empresas e indústrias e o próprio indicativo da prefeitura, que começa a investir na infraestrutura da região. "O planejamento da cidade contempla aquela região. São áreas mais planas, onde há construções horizontais e muitos terrenos disponíveis. Além da potencialidade para construção, estão implantadas lá muitas indústrias e as pessoas querem morar perto do trabalho", explica Marcos Kahtalian, o consultor do Sinduscon-PR.

Esse conjunto de motivos se reflete na oferta de imóveis. "Vemos, na zona sul, a concentração de unidades econômicas, com dois ou três quartos, compactos, que costuma atender a demanda do primeiro imóvel", indica.

A concentração dos prédios no Sul também seria propícia para a integração entre Curitiba e região metropolitana. O supervisor de planejamento do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), Ricardo Bindo, comenta que a área é a mais indicada para conectar as cidades vizinhas com a capital. "A integração exige o adensamento populacional da área, porque maior densidade reflete em maior oferta de serviços. Com isso, será possível gerar menor deslocamento, tanto para os moradores da área quanto para a população da região metropolitana", diz.

Linha Verde

Bindo explica que as condições de deslocamento estão relacionadas com o adensamento populacional e o uso do transporte coletivo. Além disso, o zoneamento da cidade prevê um melhor aproveitamento do potencial construtivo nas vias estruturais, em especial ao longo da Linha Verde. "O primeiro eixo de exposição foi o Oeste e bairros como o Campina do Siqueira e Mossunguê passaram por esse processo. Agora, é a vez do Sul, que ainda tem espaço disponível e demanda comercial para os empreendimentos", comenta.

Para as empresas, a oferta no Sul está chegando ao limite e uma nova região po­­de vir a se destacar. "A Re­­gião Sul teve uma exposição ótima, mas já existe uma super oferta", explica Bianca Cassilha, funcionária da área comercial da Brookfield Incorporações. E sugere: "Algumas outras regiões, como o Cabral e o Boa Vista, tem tido uma boa velocidade de vendas. Talvez, essa região possa receber os novos lançamentos".

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