
Ao preencher um formulário ou ditar seu endereço, muitos moradores já devem ter se perguntado de onde surgiu o nome do prédio/condomínio onde vivem. A questão pode estar ainda mais presente na mente daqueles que, todas as vezes, precisam soletrar ípsilones e outros estrangeirismos que identificam sua moradia.
A escolha do nome, ao contrário do que pode parecer, não costuma se dar ao acaso e é mais complexa do que se imagina. Isso porque as inspirações para batizar um empreendimento podem ser muitas – uma cidade famosa, um sobrenome de prestígio ou uma característica marcante do projeto –, assim como os atributos que um bom nome deve conter.
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“O nome tem o papel de traduzir o posicionamento do produto, o público-alvo e a faixa de renda que se pretende atingir”, explica o publicitário e administrador Henrique Penteado, professor do MBA em Gestão de Negócios de Incorporação e Construção Imobiliária do Instituto Superior de Administração e Economia da Fundação Getúlio Vargas (Isae-FGV).
Mas, não é só isso. Ele também pode fazer referência aos diferenciais de inovação do empreendimento, aos tipos de plantas e à localização do imóvel. É o que ocorre, por exemplo, com o Ícaro Jardins do Graciosa, que está localizado em frente ao Graciosa Country Club e cujas unidades contam com jardins suspensos. Outro empreendimento que ilustra tais referências é o Studio Rebouças, que oferece apartamentos compactos no bairro de mesmo nome.
“Essa é a funcionalidade que o nome pode trazer, e ela não precisa estar explícita. Nomeando um empreendimento de Stradivarius [marca do melhor violino do mundo], a construtora estará posicionando-o para um público de alta renda, que tem a referência sobre a sofisticação deste nome”, exemplifica Penteado.
Ainda segundo o professor, quanto mais elevado o padrão do projeto, mais se buscam nomes requintados e em outros idiomas. A medida que ele tem menor valor agregado, a mensagem costuma estar mais ligada à funcionalidade.



