"Acho que em qualquer época eu teria amado a liberdade; mas na época em que vivemos, sinto-me propenso a idolatrá-la"
(Tocqueville)

Lula, Haddad e Ciro Gomes são mais impopulares do que a Reforma da Previdência

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 | Sergio Lima/AFP
“Foto: Sergio Lima/AFP”

Em levantamento do Atlas Político realizado no início de abril, 43,9% dos entrevistados responderam que aprovavam as mudanças propostas pelo Governo para a Nova Previdência. O número aumentou desde fevereiro, mostrando uma melhora na avaliação da reforma.

Isso mostra que a atualização das regras previdenciárias é muito mais popular do que se costuma acreditar e do que a imprensa por vezes alardeia. A aprovação da medida estava, basicamente, em empate técnico com os que a rejeitavam. E como a pesquisa era binária: colhendo resposta apenas de aprovação ou rejeição, muitas pessoas acabam por responder negativamente por discordar de pontos específicos, embora saibam da necessidade e conveniência do conjunto da obra. Outra parte ainda é constituída por grupos de pressão privilegiados pelas regras atuais. Frise-se ainda que a pesquisa era sobre a proposta do Governo. Com a já aguardada flexibilização das mudanças no BPC para idosos e aposentadorias rurais, a aceitação deve crescer ainda mais.

É interessante cotejar esses dados, por exemplo, com a avaliação de políticos conhecidos, o que foi objeto de sondagem pela mesma pesquisa. Ela questionou os entrevistados se possuíam avaliação positiva ou negativa acerca da imagem de personagens famosos da política nacional. Com exceção de Sergio Moro e Bolsonaro, todos os demais tinham um percentual de imagem positiva inferior à aprovação da Nova Previdência.

Lula tinha imagem positiva para apenas 30,9%; Haddad, para 26,8%; e, Ciro Gomes, para 21,5%.

 

Disponível em: https://www.oantagonista.com/brasil/sergio-moro-e-figura-mais-popular-brasil/

O resultado parece contraintuitivo, e cremos que isso decorre de duas razões: primeiro, porque por inércia a cobertura midiática sempre passa a impressão de que a reforma da previdência seria muito mais impopular do que de fato é, visto que historicamente a medida costumava gozar de menor aceitação; em segundo lugar, porque a Nova Previdência toca em privilégios de elites muito bem articuladas, com forte lobby em Brasília e acesso aos canais que distribuem informação.

Mas a pesquisa mostra que uma parcela muito expressiva da população já percebeu que:

1) sem a Nova Previdência o Brasil recairá em forte recessão econômica, conforme já demonstramos em artigo anterior, com os resultados daí decorrentes, como elevação do desemprego e da pobreza;

2) com a reforma, o Brasil entrará numa nova rota de crescimento sustentável (como buscamos explicar aqui).

3) a reforma ainda terá impacto positivo na redução de desigualdades estruturais (o que será objeto de artigo futuro, muito em breve), visto que são exatamente os grupos economicamente mais favorecidos os que são beneficiados pelas regras atuais.

Inclusive, no dia da votação na CCJ da Câmara, a hashtag #BrasilExigeReformaCCJ, e no dia seguinte a hashtag #PrevidênciaAprovaJá, ficaram entre as top trends do Twitter.

Esperamos que o Congresso Nacional ouça esse apelo e com a celeridade devida aprove a Nova Previdência. Até mesmo para benefício da classe política, porque se um número já bastante elevado de pessoas aprova a proposta, a unanimidade irá se beneficiar de seus efeitos.

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