Tegucigalpa - Um forte terremoto de 7,1 graus na escala Richter sacudiu Honduras na madrugada de ontem, a poucos dias de o país caribenho sediar a 39ª Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA).
Ao menos seis pessoas morreram (quatro delas crianças, de entre 3 e 15 anos, soterradas sob suas casas), e 40 ficaram feridas; pontes e casas foram destruídas.
O epicentro do sismo foi no mar, a 63 km da ilha hondurenha de Roatán. Em San Pedro Sula, onde ocorrerá a assembleia da OEA, na próxima terça e quarta-feira, vários prédios e hotéis ficaram danificados. Mas o secretário geral do organismo, José Miguel Insulza, disse ontem que a agenda do evento não será alterada pelo incidente.
A assembleia reunirá chanceleres e alguns presidentes das Américas, e um dos principais temas em debate será a eventual reintegração à OEA de Cuba, suspensa desde 1962.
O tremor que teve 17 réplicas, todas medindo acima de 4 graus na escala Richter também foi sentido em El Salvador, Belize, Nicarágua e Guatemala, onde deixou apenas danos materiais. O Centro de Alertas de Tsunamis no Pacífico chegou a alertar para ondas na região, mas levantou o aviso horas depois.
O ministro da Educação, Marlon Brevé, anunciou a suspensão temporária das aulas nas ilhas de Bahía e Cortés, ambas no Atlântico, por causa do sismo. Em vários pontos de Honduras houve falta de energia e interrupções nos serviços de telecomunicação. O chefe do departamento de Geofísica da Universidade Nacional Autônoma, Gonzalo Cruz, explicou que o tremor ocorreu a 10 quilômetros de profundidade, no Oceano Atlântico.



