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A esquerda reage: Harvard recebe doações milionárias após corte de verbas de Trump

rotesto de estudantes americanos, nesta semana. contra a suposta influência de políticos conservadores na administração das universidades.
Protesto de estudantes americanos, nesta semana. contra a suposta influência de políticos conservadores na administração das universidades. (Foto: EFE/EPA/Sarah Yenesel)

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Considerada a instituição de ensino superior mais rica do mundo, a Universidade de Harvard não está sozinha em seu embate com o presidente Donald Trump — que nesta semana anunciou a suspensão de US$ 2,3 bilhões em repasses federais e ameaçou rever o status fiscal do reduto acadêmico.

Segundo o New York Times e o tradicional jornal estudantil The Harvard Crimson (fundado em 1873), a universidade recebeu, apenas nos últimos dois dias, mais de 4 mil doações espontâneas. O valor arrecadado já ultrapassa a marca de US$ 1,14 milhões (R$ 6,6 milhões, na cotação atual).

Trump congelou os fundos para Harvard após a instituição se recusar a cumprir uma lista de exigências do governo, que incluía a reavaliação de programas de diversidade e ações de combate ao antissemitismo.

Em resposta ao presidente, o reitor Alan Garber afirmou que "nenhum governo, seja ele qual for, pode ditar o que as universidades devem ensinar, quem elas devem contratar e em que áreas de estudo e pesquisa devem seguir".

Nos campi de todo o país e nas redes sociais, estudantes, professores e ativistas progressistas iniciaram uma campanha contra a “perseguição fascista” do governo e para pedir contribuições financeiras a Harvard. Ex-alunos influentes, como o ex-presidente Barack Obama e o senador democrata Bernie Sanders, aderiram ao movimento e fizeram manifestações públicas a favor de Garber.

De acordo com o Harvard Crimson, o valor registrado até agora com as doações já equivale a mais de 40 vezes a média diária de arrecadação da instituição. E, a julgar pelo ritmo das contribuições, a campanha tende a se intensificar com a notícia de seu sucesso nos primeiros dias.

A despeito dessa movimentação, a universidade já é dona de um patrimônio maior que o Produto Interno Bruto de 120 países, com ativos da ordem de US$ 53 bilhões (R$ 308 bilhões). Ou seja: a esquerda estudantil pode dormir tranquila — pois Harvard ainda nadará em dinheiro por um bom tempo.

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